sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Sobre verdades que precisam ser ditas

A morte não é a única coisa certa que existe. O passado é certo na vida de todo mundo e cada um sabe o seu.



 
Me senti naquele primeiro episodio  da Guerra dos Tronos. – Os outros... os outros... os outros... aqueles que vivem além de nós.

Não deveríamos mais todo mundo dar alguma importância nas opiniões alheias. Todo mundo dá ouvidos para ladainhas infernais. – Até onde os outros podem mexer com a gente, limitar nossos caminhos, confundi nossa cabeça, nos encher de medo e pessimismo e influenciar como se deve viver nossa própria vida?

O ruim de escrever é isso. Você escreve o que quer. Passou na sua cabeça, saiu pelos dedos nervosos. - Dizem que as palavras são como flechas. Uma vez atiradas, não há como impedir seu movimento.  Tem que se tomar muito cuidado com o que vai dizer. A arte de abrir a boca e escrever é um risco continuo, pois palavras equivocadas em momentos inadequados podem pôr tudo a perder! Mais se deve arriscar, afinal a vida é feita de riscos.

Eu mesmo escrevo tanta coisa que apago depois ou reverto em rascunho pra ninguém ver, só por medo de me justificar. Pra não pagar um ridículo ou coisa do tipo. Talvez nem seja exatamente um medo, mais é que escrever e depois ter que se encher de desculpas e arrependimentos com um “não foi isso que eu quis dizer” ou “não deveria ter dito isso” me faz parar de escrever na primeira linha. Mas eu, é claro, sempre quero escrever até o ultimo paragrafo, o último suspiro e ser lida até o fim. Por que quem escreve precisa de alguém que se importe com o que temos a dizer. E eu sempre tenho algo a dizer, apensar da ansiedade às vezes atropelar tudo.

“Essa coisa de escrever é complicada às vezes. É tipo sair de tomara-que-caia – uma hora você acaba mostrando demais. Pra escrever com a alma é preciso ser um livro aberto. E, num mundo de máscaras de medo, desnudar a alma é um ato de amor. (É por isso que eu me declaro apaixonada por quem lê.)”

Só que é muito complicado mostrar quem se realmente é. Pois dizer a verdade é, na maioria das vezes, proibido. E escrever, ao menos pra mim, é um modo de dizer verdades. A carapuça sempre vai servi para alguém. Por que a verdade dói. Mais paciência. Eu mesma sempre desconfiei das verdades que não incomodam e que se tornam meras mentiras disfarçadas de sinceridade. E sendo realista, verdade que é verdade, dói.

Mas o que muita gente demora a entender – como eu, confesso – é que verdades absolutas também são duvidosas, porque cada pessoa vive nos limites da sua própria verdade. E se alguém diz que os marcianos vão invadir a terra, o que diabos eu tenho que contestar? Eu posso debater – por que é saudável – mas eu não posso querer obrigá-lo a abandonar a sua verdade, mesmo que ela seja esquisita, assim como ele também não pode me obrigar a construir uma base anti-marcianos. É preciso respeitar as verdades do outro, porque as nossas verdades também dizem quem somos. E não se pode querer determinar quem o outro será.

O ruim é que, quando você escreve vomitando verdades, você encontra outras verdades pelo caminho. Verdades que são postas diante de você assim como as suas foram postas diante de outras pessoas – e essa troca é extraordinária. O respeito pela verdade do outro é o que nos permite esses contatos. Quando você baixa a guarda e deixa que o outro se mostre. Porque, no fim, as nossas verdades podem se fundir também. Ou não – e que mal há?

O que interessa saber é que hoje as suas verdades, eram mentiras ontem – ou podem vir a ser, amanhã. Acho que isso é evoluir. E é por isso que eu adoro as verdades postas diante de mim – desde que as minhas sejam respeitadas também. Para que eu nunca precise mentir. Para que eu nunca precise me justificar. Para que eu siga com as minhas verdades até que elas mudem e eu sorria, aliviada. Porque o importante não é estar certo. É fazer pensar.

Então falando bem umas verdades. Estou de saco cheio de tantas frescurinhas. Estou de saco cheio de ser burra e sair cometendo erros e mais erros. Se arrepender demais dos próprios atos causa amargura. Só queria acertar em cheio uma única vez e pronto.  Eu sempre me deixo levar como se fosse uma menininha inocente como se não soubesse no que iria dar. Eu sempre sei no que vai dar. E pior ainda, nem posso apontar o dedo na cara de ninguém por isso. Até por que não mudaria em nada. E adulto que é adulto fingi que estar tudo bem. Fingi que é cem por cento maduro e que nada o atingi.

Eu não consigo dizer não. Como se eu fosse hipnotizada. E no fim eu sempre me firo. Sempre fico moída. A coitadinha machucada. – Quer coisa mais ridícula do que parecer uma mulher tapete, onde o cara vai, pisa, limpa bem os pés  e depois que termina estar lá escrito: seja bem-vindo mais uma vez. – Eu sempre tive vergonha alheia desse tipo de mulher até cair na mesma onda. Já me humilhei de implorar. Não posso alimentar o vicio a alheio de sempre ter alguém a sua disposição que fica o tempo inteiro atrás tentando provar as coisas que senti. Dane-se. Ao menos eu tenho coragem e faço o que eu tenho que fazer mesmo existindo medo.

Mais existe algo mais ridículo ainda do que isso, é fugir, é se esconder. É fazer tanta euforia pra morrer depois que teve. É não saber o que quer da vida. Ou pior ainda, não ter coragem pra fazer o que se quer e ficar se aproveitando das brechas alheias.

Tem gente que pareci que precisa de uma seta indicando o tempo inteiro de como se deve viver, por que falta coragem pra fazer sozinho. E depois ficam como, migalhando por ai uma coisa ou outra no meio da fuga. Fingindo e fingindo que estar tudo bem, que sabe andar sozinho, que não senti falta, que não gosta e por ai vai. Prefere bancar de babaca sabendo que já foi mil vezes melhor que isso.

Tem gente que só sabe perder. Às vezes eu me questiono se eu faço parte do time que só sabe sofrer. Pareci um vicio. As pessoas se acostumam a mentir, a não ter uma boa índole, a fazer besteiras, a serem burras e pensam que devem ser assim a vida inteira. – É um desperdício próprio.

As pessoas pensam que são obrigadas a viver o outro. – Poxa, seu mundo não é só o outro. Todo mundo tem seu próprio mundo pra viver. Todo mundo tem suas questões pessoais. Dar pra fazer sua vida sem ficar jogando suas frustações no outro. Imaturidade é isso, não saber lidar com suas próprias confusões e achar que o outro é a solução de tudo. Achando que o tirando da sua vida vai solucionar tudo.

Todo mundo tem seu inferno astral. Toda mundo uma hora noia das ideias, procura cabelo em ovo. Mais tem uma hora que tem que se dizer, chega. Acabou esse tempo ruim. Ainda é tempo de consertar tudo. Nunca é tarde para fazer a coisa certa. Pior é deixar para nunca. Quem mora no mundo do nunca, nunca tem nada.

Isso não é pressão do que se deve ser, do que se deve fazer é a procura do bem estar emocional. É maturidade emocional admitir os próprios erros e tomar folego para resolve-los. É ver a hora que se deve parar com o sofrimento. Que não se pode alimentar o vicio de ser burro e sair por ai fazendo os outros sofrerem. Isso é mesquinho, feio e egoísta.

Eu sei que às vezes a alma estar tão carregada que é muita dor, que é muita pressão pra uma pessoa. É muita ideia pra uma só cabeça. Mais admitir que precisa de alguém não mata. No máximo só feri um ego inseguro e cheio de orgulho.

O que não dar é ficar ai, vivendo dentro da bolha. Como se nada fosse atingir por dentro. Ninguém fica imune a nada nessa vida independente de onde estiver.

Sendo bem honesta, dar vergonha alheia. Dar vergonha ver o melhor de alguém e ver ela se esforçando pra ser seu pior. E sendo realista, eu sinto vergonha de mim mesmo por me deixar de plateia que participa do espetáculo.

Eu sei que estou sendo grossa. É que às vezes é preciso ser. Não dar pra ser simpática sempre. A mulher boazinha cansa também. Se aborreci, se enfureci. Tem vontade de mandar alguém se ferrar às vezes por ser tão burro.

É preciso exibir o próprio incomodo ou nada muda. Ou tudo continua uma bosta. E não acaba o marasmo. A frigidez. Tem horas que tem que dizer um, se toca ou continuam montando em você. Continuam sendo imprudentes com seus próprios sentimentos.

Tem coisas que nós acontecem que parecem durar um dia. E uma vida. Tudo ao mesmo tempo. Tem gente que pareci um karma, uma lição e uma benção ao mesmo tempo na sua vida. Você sabe que ela vai estar ali em você para todo o sempre. E ninguém precisa assinar ou prometer diante de outras pessoas que vai estar ali para sempre na vida de alguém. Tem coisas que se senti, tem coisas que se sabe e que não precisam de explicação.

“Podemos fingir quase tudo. Há quem simule prazer, beijos, sentimentos e até relacionamentos inteiros. Há quem seja mestre nessa arte. Há quem tenha tanto jeito para fingir Amor que até eles próprios acabam a acreditar. Mas um abraço não se consegue fingir. Um abraço sentido, sincero, visceral é impossível de simular.

Repousar da vida e do mundo nos braços de quem se ama... não tem preço nem descrição possível.”

O amor já disse tantas vezes, é lindo. Coisa mais bonita que Deus fez pra gente. É o Amor que ajuda suportar dores. Que ensina a se ter esperança, viver o tempo de espera. A gente aprendi há amar todo dia em meio ao caos para poder dar valor ao que se tem.

Não dar pra ficar um vida inteira idealizando como deve ser algo. É frustrante. Tem que viver as oportunidades. Tem que perder o medo do que vai ser amanha. Pare de se martirizar. Pare de achar que não é bom para nada. Cada um tem seu dom. Cada um tem sua luz própria. Se respeite um pouco. Aprenda a agir com respeito diante dos outros. Pare de agir com desvalor pelos outros. Para de ser um coitado que fica querendo esfregar na minha cara que preferi ser quem não presta. Até quando vai ficar ai dizendo que estar tentando seguir? Mais não quer lagar o osso. Fica ai rindo de tudo. Meu bem, rir de tudo é desespero. Esta querendo provar o que? – Nada, sendo nada. Que é alto suficiente. Que eu só sirvo praquilo. Que não ama, que não senti falta. Que me tratando assim vai fazer que eu escrache você da maneira mais vulgar... – Acorde, auto destruição é infantilidade e uma hora mata.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Sobre o poder que eu tenho em te tocar...


 
Percebo que escrever não só faz bem a mim, mais para você também, pois teu apego é tão grande quanto o meu. O que é isso que existe entre nós? É só apego mesmo? E que seguir é esse que fica olhando o quer estar deixando pra atrás?

Passa vários filmes na minha cabeça. O dos melhores momentos. O dos piores momentos. Os mais engraçados, os mais tristes e por ai vai.

Você me faz sentir os sentimentos mais ternos e os mais violentos. Uma vez em meio a um caos parecido com este você me disse que sentia que teríamos uma relação eterna de amor e ódio. Estou começando acreditar que sim.

Mais eu consigo te amar mais do que odiar. Às vezes eu prefiro pensar que você não senti mais nada por mim só pra ver se fica fácil o que eu sinto passar. Pra ver se assim eu te odeio mais. Mais ódio não faz esquecer alguém que é especial pra gente.

Sempre imaginei que seriamos aquele tipo de casal que tem mil briguinhas por nada só pra fazer as pazes depois. Só pra deixar a vida mais emocionante. Pra não cair no tedio da perfeição. Por que ser perfeito é um saco.

Acho que você me idealizou o tanto que eu idealizei você. Acho que enjoo o tanto quanto eu enjoei de você. Teve dias que eu não queria te ver e ficar sozinha só pra não enjoar, só não conseguia deixar de ver quando podia.

Eu devia ter te abraçado naquele domingo como eu queria ter abraçado, ao menos isso eu deveria ter feito. Me arrependo muito das coisas que eu não faço. É como se Deus desse a oportunidade e tivesse desperdiçado.

Às vezes eu acho que tem um imã em você me chamando. É estranho. Às vezes parece que meu corpo quer colar no seu.

“Você pode ferir com palavras, e pode ferir mais ainda com o silencio”. P.C.

Mas um ignora o outro pra tentar seguir em frente. Como se não existisse mais assuntos em comum, como se um não quisesse mais falar com o outro. Como se não fizesse falta e não existisse saudade. Ai a gente se faz de adultos mesquinhos e agimos como se outro não fosse nada, como se não sentisse nada e como gente civilizada. Parecemos mais dois adolescentes fazendo charminho e pirraça como meu pai disse.  Somos imaturos e imprudentes com os próprios sentimentos. E pra deixar a situação melhor acho que vou começar a fingir que também não sinto nada por você. E logo os dois estarão fingindo que o outro definitivamente não existe, como aos 16 anos.

Eu não sei o que realmente estar acontecendo dentro de você e não vai ser eu que vou lhe condenar e apedrejar. Você não pode controlar meus sentimentos e nem eu os seus. Muito menos as escolhas.

Mais uma coisa eu sei. Você não só sofre por sentir que me faz mal. Sofre por não admitir. Sofre por você mesmo. Por que falta de amor dói. E a gente tenta suprir com as brechas que ainda se tem.

Tem escolhas que fazemos para o nosso próprio bem e ainda dizendo que para o bem de outrem. Mais quando a escolha não cumpri o resultado se faz o que agora meu bem?

 
Eu sei que você gosta de todos os jeitos que toco em você.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Você estar preparado para nadar em um mar de rosas?

 

Todo mundo entra em um relacionamento acreditando que dessa vez vai ser diferente. Que dessa vez vai saber como agir. Que dessa vez vai ter força e coragem para tudo. Que dessa vez seu próprio eu vai ser diferente por conta de outrem. A gente acredita que não vai cometer mais os mesmo erros. Que já sabe como se relacionar só porque já viveu relacionamentos anteriores. – Que misero engano.

No começo é euforia. A beleza e o perfume das rosas são alucinadores. A macieis das pétalas faz você tocar o céu sem sair do chão. E é ai que você toma uma decisão radicalmente louca e racional de se jogar de cabeça. Corpo inteiro em meio às rosas. Você se sente no melhor lugar do mundo. E tudo fica lindo, muito lindo, lindo mesmo. Até você sentir o primeiro espinho.

Amar alguém é fácil, difícil é se relacionar. É deixar alguém chegar perto de você e ver todos os seus desajustes, erros, medos e sombras. Descobrir seu lado ruim e seus defeitos. Confiar sua própria historia a alguém com medo dela sair correndo.

Dar receio se deixar ver. Dar vergonha ser estranho. Dar pavor demostrar medo, insegurança, duvidas. Você quer fugir mil vezes. Você quer se esconder mais zilhões. Pensa mais outras bilhões que o melhor é desistir. Afinal ninguém merece viver no seu inferno pessoal. Ninguém tem que viver suas duvidas e suportar suas insatisfações pessoais.

Mais no meio desse caos pessoal você não resiste a tudo que o outro é. Você olha e pensa que não pode errar, que dessa vez tem que ser perfeito. Que é uma oportunidade única e que não poder perder o que Deus acabou de te dar.

Ai você se esforça, faz de um tudo para agradar. Você se dedica e faz seu melhor. Demostra carinho, sonha junto. E planeja aquele futuro a dois e acaba esquecendo que o mundo real não é todo cor de rosa.

Lá vêm os problemas e te derrubam. Lá vêm as cobranças e você se frustra. Você erra e quer explodir por ser questionado. E começa se ver dentro de uma prisão e voltar a pensar que o mundo é cruel, que é tudo um engano. Que você não é bom o suficiente. Que não aguenta todos esses encargos. “Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?”

É difícil ser personagem encantado pra alguém. Mais difícil ainda é ser real. Mais é bom pra caramba ter alguém pra dividir os dias. Pra correr e recorrer nas situações inesperadas. Um dos grandes problemas é que você nunca vai conhecer cem por cento do outro. Não sabe o que estar oculto. Ninguém controla ou consegui ler a mente das pessoas. Ninguém sabe da capacidade que a gente tem de se esconder.

Ai você vai se acumulando por dentro de frustações, medos, desgastes, insatisfações que nem muitas vezes tem a ver com o outro, mais acaba sobre caindo toda sobre ela. Ai um dia você se descontrola, não sabe mais como resolver seus encargos e decidi fugir de tudo.

Eu estou fugindo de tudo agora. Mais sabe por que eu me permito sofrer? – Porque é do sofrimento da ostra que se nasci a perola. É por que Deus não coloca sobre nós nada do que a gente não possa suportar. Por que eu sei que sou forte, e que tudo nessa vida uma hora passa, a dor passa. A dor me ensina o real valor das coisas.

Não vou me amargar por conta da dor. Não vou sair como louca fazendo besteiras por ai. Isso eu já aprendi. Que é melhor ficar no seu canto sentindo o vento passar. Que é melhor suavizar e pisar devagar.

Sabe por quê? Por que eu já fui até o fim do túnel, do mundo e lá bem no fundo do poço pra saber que tudo se renova. Que existe luz quando se abre os olhos. Que sempre tem algo bom por vim. Que tudo pode se concertar. E que para raio existe para que o raio caia mais de uma vez no mesmo lugar.

Pior coisa é não querer se envolver. É não deixar se envolverem. É se fechar no egoísmo. É não querer o que é bom. Quem disse que na vida e no amor existem garantias, se nem a gente mesmo se garante sozinho.

Quem disse que não pode se esperar nada do outro. É proibido se frustrar? – Pois acredite o amor sempre espera. Quem sofre de ansiedade é o ego, que atropela tudo. Mais ai você pensa naquela frase “Não faça algo esperando algo em troca.” Já viu frase mais hipócrita do que essa? – Todo mundo faz algo esperando algo em troca. E esperar é normal. Anormal é obrigatoriamente querer algo em troca.

É verdade que nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse, mas se pode fazer melhor. Basta ter vontade e confiar em Deus, pois os desejos puros se realizam.

 

sábado, 22 de fevereiro de 2014

A tristeza adoece a alma que adoece o corpo


 
A tristeza quando encarna na alma deixa o corpo doente. Você se ocupa com trabalho, estudos, novos planos, com a própria vida e obrigações, procura novas distrações, mas de nada adianta. A tristeza estar ali envolvida em você e em tudo que faz. É só parar por um instante e sentir ela mexer com todo seu corpo e encher o coração e o cérebro de confusões. Você sente o corpo fraco mais vai indo buscando força. Indo sem saber se realmente é em frente. Indo sem deixar o que tem que fazer e deixando o que se deve fazer. Indo incerto contra o que se quer.
 
      “Não permita que sua mente diga ao coração o que fazer.
Mentes desistem rápido.” P.C.
 
 

Pensando


 
Quando eu me lembro de você me dar vontade de chorar e sorrir e chorar. E eu me lembro de você quase que todo tempo, ou o tempo inteiro mesmo. Sinto tanta a sua falta que dói até o ultimo fio de cabelo. Às vezes chega faltar ar.

Tem vezes que é tão desesperador que me pego no meio da aula, da rua, no ônibus com os olhos suados. Ai eu respiro fundo e vou indo, e indo, e indo... nem sei pra onde ao certo, mais vou indo fazendo o que eu tenho que fazer por mim.

Ai eu e penso que devo me acalmar porque não posso fazer nada, não posso obrigar ninguém a nada e que devo deixar tudo como estar. Que tudo isso que sinto deve ser apego e que uma hora vai passar. E lembro de todas as minhas insatisfações e tento imaginar as suas e o quanto isso se misturou a nós dois. E penso no que poderia fazer você voltar. E penso que não deveria querer você de volta. E penso que apensar de qualquer coisa, qualquer magoa, raiva, ódio, desgaste, indiferença e bilhões de coisas ruins que eu acima de tudo isso consigo amar você. Ai eu penso que você deixou de me amar e isso me dói inteira e me confunde mais. E vejo o quanto imaturo a gente ainda é. Em quantas infantilidades e joguinhos ocultos nós caímos.

E lembro de todas as coisas boas e bobas que fizeram a gente rir por nada. E me pego em frente a um mirante onde eu vivenciei tantas coisas e que a única coisa que eu conseguia me lembrar ao estar ali era de ter visto você em uma noite qualquer descer de um ônibus atravessando a rua. Fiquei ali uns quinze minutos esperando um ônibus e repetindo a cena trocentas vezes. Não sei porque isso, mas isso me faz pensar que vou ser apaixonada por você a vida inteira. Só que não dar pra ficar migalhando por você agora. Me faz doer ainda mais ter que pensar que devo tentar implorar por alguma coisa ou atitude sua ou provar as coisas que sinto. Também não quero que sinta pena de mim, seria a pior coisa que poderia acontecer.

Eu só queria ficar bem de novo, virar a noite falando bobagens, ouvir você falando sobre qualquer coisa, pode falar e chamar você de qualquer coisa. Dividir as coisas que tem pra fazer. E precisei tanto de você nesses últimos dias. E pensar que vou seguir agora sozinha me deixa muito vazia.

Eu consigo fazer tudo sozinha, mais eu preciso de você. Preciso do seu abraço forte e dos seus ouvidos. Preciso falar das coisas, do que aconteceu e sobre o que eu acho que vai acontecer.

Preciso de você do meu lado pra me dar força, pra me dizer que sou capaz mesmo eu já sabendo que sou. Preciso pra me apoiar, mesmo eu sabendo andar com minhas próprias pernas.

Preciso de você como um lugar onde eu possa me esconder quando estiver com medo. Pra me incentivar na falta de coragem e me animar no momento de fraqueza e tristeza.

Preciso do seu colo, do seu cheiro. Preciso do seu jeito bobo. E preciso brigar com suas burrices e preciso de ajuda para concertar as minhas.

Preciso de você pra me dizer que eu vou conseguir. Preciso de você porque tem algo que não sei ao certo explicar, mais é uma força que diz que eu preciso de você pra ficar comigo, pra cuidar de mim quando eu não conseguir sozinha. Por que algo me diz que eu não posso dar conta de tudo sozinha e que só você pode estar comigo em tudo em que eu precisar. Eu preciso de você perto, mesmo com algo me dizendo que eu não devo esperar.

Eu não preciso de você pra não ficar pra titia. Não preciso de você pra posar que tenho um macho. Não preciso de você pra me exibir por ai. Não preciso de você porque não sei viver sozinha. Eu preciso porque eu quero, por que tem algo que me diz que tem que ser você. Não consigo ver seu lugar preenchido, mesmo sabendo que possa existir alguém melhor ou semelhante nesses sete bilhões de habitantes. Eu preciso ver você feliz independente do que for. Eu preciso ser feliz independe do que for.




Todo mundo precisa de alguém mesmo que não queira admitir. Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Buscando um estado de Paz

 


Meu coração ficou agressivo porque se encheu de magoa e tristeza. Mas eu preciso suavizar e me encher de paz, ser tolerante com os meus erros e dos outros. 
Toda dor uma hora passa para dar espaço para o bom que estar por vim. Tudo é uma preparação e eu preciso estar bem para uma fase nova.
Sei bem que não adianta em nada espernear ou seguir conselhos de como eu devo agir. – Evitar e silenciar mais uma vez. Manter a prudência para não ser precipitada em cometer mais erros.  E encontrar meu próprio conforto em Deus, Senhor de tudo.

 
 

 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Rejeição




Eu vou mentir em dizer que estou bem até assim se tonar verdade. Espero que seja logo, por que ta doendo pra caramba. Estou triste, amuada (mas não vou ficar doente por isso). – Deve ser o típico coração partido, que saco. Choro e depois durmo como um urso. É terrível. Tudo ficou triste. Sinto falta de tudo.
 
Isso me vem acontecer logo agora que outros setores da minha vida começam ir bem e que eu pensei que ainda poderia ficar melhor... ficou foi pior. Por que você me transformou em um problema de conta vencida e resolveu me dando um chute. Sempre algo tem que ficar ruim. E agora é o coração que ta mais furado e murcho do que bola de futebol.  

Estou magoada, chateada, com raiva, com ódio e com falta. Sinto falta e logo lembro da rejeição. Estou com o buraco no meio do peito. – Saber que a pessoa que você ama não te quer mais, não gosta, não ama, não deseja é devastador por dentro. Ah esqueci, ao menos sou admirada. – que se dane essa admiração, se ela não fez você ficar.

Eu queria era meu amor de voltar, até a sogra eu queria de volta...

Pior ainda é ver, por que dá vontade de ficar ali nele, com ele, pegar na mão e arrastar junto e dizer “não faça mais isso, nunca mais fique longe”. Você que ouvir as palavras magicas saindo da boca dele, mais sabe que não vai ouvir, segura a vontade de chorar, sobe no ônibus e vai embora pra ficar trancada no banheiro chorando pra ninguém ouvir. – Dá vontade de pedir pra voltar, mais você sabe que ele não quer e ainda faz charme em te deixar falando sozinha, ou faz questão de mostrar que não estar nem ai para seus sentimentos e te ignora. Tipo: “te expulsei do meu mundo, tem pessoas mais legais que você para eu flertar no whatsap e conhecer por ai, sabe, aquelas que curtiram minhas fotos e comentaram parabéns pra mim, entende, elas as pessoas que não me deram apoio e ajuda nem um pouco esse tempo todo e nem lembrava que eu existia, e que estão nesse momento mais passageiras na minha vida do que antes são mais legais do que você, sua chata choramingona que fica implorando por mim.”

A raiva é por que sei bem o que eu sou e fui, e que isso não é importante pra ninguém, e não vale de nada para os outros. Só eu sei meu valor e respeito às coisas que sinto. Passar de ônibus em frente a casa, chegar na faculdade, ver seus pais na rua... como estar sendo difícil. É uma pena minha saudade e querer não trazer alguém de volta. – Como sempre a única coisa que resta é o amor que a gente ainda senti.

E às vezes escrever não alivia em nada, por que não muda porcaria alguma.