sábado, 28 de maio de 2011

Tão diferentes e tão apaixonados


Ela era doce, meiga. Ele a admirava.
Ela chorava. Ele suspirava.
Ela tinha disciplina e ele obsessão.
Ela sonhava e ele desacreditava.
Ela queria entender. Ele não entendia.
Ela argumentava o problema e ele criticava o argumento.
Ela temia a ausência dele,
Ele temia precisar dela.
Ela queria se perder com ele,
Ele queria se encontrar com ela.
Ela acordava pensando nele,
Ele dormia pensando nela.
O que ela sentia era imutável.
O que ele sentia era renovável.
Por nada ela surtava,
Por tudo ele se calava.
O olhar dela tinha declarações,
O olhar dele segundas intenções.
Se ela o desejava era drama,
Se ele a desejava era cama.
E conviviam das diferenças.
Eram do jeito deles. Únicos. 
Indecifráveis. 

(Michele S.B.)

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Você lê e sofre. Você lê e sorri. Você lê e engasga. Você lê e tem arrepios. Você lê, e sua vida vai se misturando no que está sendo lido. Caio F. Abreu