quinta-feira, 23 de junho de 2011


Eu sempre quis saber como é ser o motivo da vida de alguém e alguém ser o motivo da vida dessa pessoa… Então eu te conheci! Agora entendo como é toda essa história de um pertencendo ao outro. Um sendo o motivo de cada sorriso, choro, estresse do outro. Estou começando a entender esse papinho de coração acelerado, ansiedade pela pessoa. A nostalgia que ocorre quando a pessoa vai embora. Sabe, é uma sensação boa, pois tenho toda certeza que você irá voltar… E não voltar somente no meu dia-a-dia, na minha vida, e sim voltar pra mim. Como tem que ser, como é.

Ela & o MSN


MSN: Você poderia parar com isso de abrir janelas sem o intuito de iniciar conversa alguma?

Ela: Eu gosto de pensar que estou tendo uma conversa.

MSN: Mas não está.

Ela: Eu gostaria…

MSN: Mas não está, já disse.

Ela: E em que isso te importa? É somente uma janela aberta. Uma hora eu a fecho, acalme-se.

MSN: É que estou cansando de no outro lado acontecer o mesmo e nenhuma palavra ser dita.

Cadê a tampa da minha panela, o chinelo do meu pé cansado, a metade da minha laranja?


Eu sempre sinto que "pode ser esse, ou talvez com algumas mudancinhas possa ser esse ou talvez se ele quisesse, poderia ser esse...". Não, isso tá errado. Quero sentir que "é esse".
Dizem que materializar os sonhos escrevendo ajuda, então lá vai: quero transar com beijo na boca profundo, olhos nos olhos, eu te amo e muita sacanagem, quero cineminha com encosto de ombro cheiroso, casar de branco, ser carregada no colo, filhos, casinha no campo com cerquinha branca, cachorro e caseiro bacana. Quero sambão com churrasco e as famílias reunidas.

Quero ter certeza, ali no fundo da alma dele, de que ele me ama.
Quero que ele saia correndo quando meu peito amargurado precisar de riso.
Que ele esqueça, de vez em quando, seu lado egoísta, e lembre do meu. Que a gente brigue de ciúmes, porque ciúmes faz parte da paixão, e que faça as pazes rapidamente, porque paz faz parte do amor.
Quero ser lembrada em horários malucos, todos os horários, pra sempre. Quero ser criança, mulher, homem, et, megera, maluca e, ainda assim, olhada com total reconhecimento de território. Quero sexo na escada e alguns hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura. Quero foto brega na sala, com duas crianças enfeitando nossa moldura. Quero o sobrenome dele, o suor dele, a alma dele, o dinheiro dele (brincadeira...).
Que ele me ame como a minha mãe, que seja mais forte que o meu pai, que seja a família que escolhi pra sempre.
Quero que ele passe a mão na minha cabeça quando eu for sincera em minhas desculpas e que ele me ignore quando eu tentar enrolá-lo em minhas maldades.
Quero que ele me torne uma pessoa melhor, que faça sexo como ninguém, que invente novas posições, que me faça comer peixe apimentado sem medo, respeite meus enjôos de sensibilidade, minhas esquisitices depressivas e morra de rir com meu senso de humor arrogante. Que seja lindo de uma beleza que me encha de tesão e que tenha um beijo que não desgaste com a rotina.
Tem que dançar charmoso, ser irônico, ser calmo porém macho (ou seja, não explodir por nada mas também não calar por tudo). Tem que ser meio artista, mas também ter que saber cuidar dos meus problemas burocráticos. Tem que amar tudo o que eu escrevo e me olhar com aquela cara
de "essa mulher é única".
É mais ou menos isso. Achou muito? Claro que não precisa ser exatamente assim, tintim por tintim.  Bom, analisando aqui, dá pra tirar umas coisinhas. Deixa eu ver... Resumindo então: tem que dizer que me ama e me amar mesmo, tem que rolar umas sacanagens e Pronto!
E quando eu tiver tudo isso e uma menina boba e invejosa me olhar e pensar que "aquela instituição feliz não passa de uma união solitária de aparências" vou ter pena desse coração solitário que ainda não encontrou o verdadeiro amor.

(TATI BERNARDES)
Os inteligentes se apaixonam pelos idiotas. Porque são eles que vão te amar, te alegrar e te fazer rir todos os dias não importando qual seja o seu humor.

Sem Você

 
 
Minha vida, minha história
Só fez sentido quando te conheci
Seus olhos, sua face, me levam além do que pensei
Se às vezes me escondo, em você me acho
Nem dá pra disfarçar
Preciso dizer: você faz muita falta
Não há como explicar...
Foi sem você que eu pude entender
Que não é fácil viver sem te ter
Meu coração me diz que não
Eu não consigo viver sem você, sem você
Minha vida, minha história, só fez sentido, quando te conheci
Seu olhos, sua sagrada face, me levam além do que pensei
Se às vezes me escondo, em você me acho, nem dá pra disfarçar...
Preciso dizer, você faz muita falta,
Não há como explicar...
Foi sem você que eu pude entender
Que não é fácil viver sem te ter
Meu coração me diz que não
Eu não consigo viver sem você, sem você...
Nunca sem você
Meu senhor, meu senhor eu não sou nada,
Sem você, sem você...
Sempre tem aquela pessoa, que por mais que tenha passado muito tempo, por mais mal que tenha te feito, se ela disser “Eu te amo”, você dirá: “Eu também”.

Você sempre foi importante

Eu? Eu nunca disse que você não era importante. Eu fiz parecer que não era? Desculpa então, mas ainda acho que nunca fiz isto, mas se fiz problema né. Na verdade acho que foi você que na sua idiotice buscou a creditar nisso. Bobo. É isso mesmo foi você. depois sou eu que fico  viajando em pensamentos cretinos. Eu em... eu sempre lhe dei importância seu besta. É sempre dei, até de mais acho só que de maneira errada, apenas isso. Te amo, te adoro grande importância da minha vida.
Willi Santos

O amor se encarrega

Você não cria expectativas por aquilo que já conhece. Não se muda o que é imutável. Então se você ama alguém que já conhece não adianta querer muda-la a todo custo. Isso só vai machucar quem você ama e consequentemente você também ira se machucar. Amor é amor independente do que for. A amor modifica qualquer ser que o senti que o vive e não se preocupe com o que a de ser, ame sem expectativas o que tiver pra ser será. Deixe que o próprio amor ficara encarregado de fazer qualquer mudança que se precisar. Ame e viva a liberdade de ser feliz com quem se tem apreço. Não perca seu tempo pensando em hipóteses, curta cada momento vivendo o presente constantemente sem monotonia, use sua incapacidade de ser para brincar, brigar e perdoa sempre o seu amor.
Willi Santos


Expectativas mutuas

Nossa, que loucura. Fui entender só agora o porquê de toda essa zorra acabar assim. Você criou expectativas. É criou. Ate mais do que eu em alguns momentos. Veja só que ingênua eu fui. E eu que achei que você não era capaz disto. Desculpa viu. Te subestimei, admito. E claro, parabéns! Sabe eu me culpava muito com tudo isso, pois achava que só eu o sufocava com as minhas expectativas enquanto você também se deliciava em tormentos insanos colocando as escondidas a corda no meu pescoço. Pois fique, a saber, que agora que tudo ficou ás claras ficamos devidamente quites!
Williane Santos

Eu sei que vou te amar


Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

Nosso Estranho Amor


Não quero sugar
Todo seu leite
Nem quero você enfeite
Do meu ser
Apenas te peço
Que respeite
O meu louco querer...

Não importa com quem
Você se deite
Que você se deleite
Seja com quem for
Apenas te peço que aceite
O meu estranho amor...

Oh! Mainha!
Deixa o ciúme chegar
Deixa o ciúme passar
E sigamos juntos...

Oh! Neguinha!
Deixa eu gostar de você
Prá lá do meu coração
Não me diga nunca não...

Seu corpo combina
Com meu jeito
Nós dois fomos feitos
Muito prá nós dois
Não valem dramáticos efeitos
Mas o que está depois...

Não vamos fuçar
Nossos defeitos
Cravar sobre o peito
As unhas do rancor
Lutemos, mas só pelo direito
Ao nosso estranho amor...

Oh! Mainha!
Deixa o ciúme chegar
Deixa o ciúme passar
E sigamos juntos...

Oh! Neguinha!
Huuuuum!
Deixa eu gostar de você
Prá lá do meu coração
Não me diga nunca não...

Oh! Mainha!
Deixa o ciúme chegar
Huuuuuum!
Deixa o ciúme passar
E sigamos juntos...

Oh! Neguinha!
Deixa eu gostar de você
Prá lá do meu coração
Não me diga nunca não...

De Janeiro A Janeiro


Quero você por inteiro
só pra mim
Vem amor, vem ligeiro,
me seduzir
Não dá pra dividir com ninguém
É só meu o teu amor
Vai ser marcação cerrada
Aonde você for eu vou
Quero você de Janeiro a Janeiro,
eu vou pegar no seu pé
Quero você meu homem
prá ser sua mulher
Quero suas pernas em minhas pernas
Quero sua boca em minha boca
Ser teu violão tu dedilhando
me deixa louca
Você tem direito sobre mim
pra fazer o que quiser
Você abriu todos os caminhos
pra me fazer mulher
Jamais vou me cansar dessa paixão
Você é meu primeiro e derradeiro amor
Eu ando com seus pés me dê a mão
Aonde você for eu vou

E ainda quero

E naquelas ultimas vezes que passou em minha casa para me levar algo que tinha que me levar. A única coisa que se passava em minha cabeça era a vontade de pular em ti enche-lhe de beijos, envolve-lo em meus braços e ouvir-te dizer aos meus olhos “eu te amo e quero ficar com você”.
Williane Santos
Desculpa, amor, sou inteligente. Se isso for demais pra você o que não falta é gente burra e simples no mundo. Pessoas incríveis para deixar você bem à vontade pra ser um bosta e ela nem perceber.

Tati Bernardi

DIGA NÃO AOS COVARDES



Um brinde aos passos minúsculos desses seres rastejantes. Andam na velocidade de uma boa notícia quando a ansiedade já extrapolou a lógica da espera. Chega de meias bocas pra preencher profundos vazios. Meias bocas para beijar entradas inteiras. Meios beijos de respeito na testa. Meias palavras para dizer alguma coisa que, feita a análise fria, nada querem dizer. Intenções soltas e desejos desconexos. Esse mistério todo é uma violência contra a minha inteligência. Sejamos diretos para não sermos idiotas: eu te quero. Você me quer? Não sabe? Ah, então vá pra puta que te pariu. (E vá ser vago na casa da sua mãe porque embaixo da sua manga eu não fico mais!) Este rebolado colorido que descola de seu cenário pastel, vem de meu ventre. Livre. Portanto não tente me escravizar, nem com promessas, intelectualidades, ou uma pegada daquelas. Este rebolado é quase que instintivo, meu jeito, nada sutil, apesar de ser essa a intenção, de te mostrar que há chances de ultrapassagem. Seja inteligente, faça jus à espécie, seja Sapiens. Perceba o sinal verde, ultrapasse. Não sabe se quer acelerar o motorzinho? Então vá treinar com uma boneca, uma revista, uma prima, a chata da sua mulher, a sem-sal da sua namorada ou o raio que os parta todos os mornos. Eu não sou morna e, se você não quiser se queimar, morra na temperatura do vômito. E bem longe de mim. Ou venha me ajudar a ferver essa banheira. Vamos ficar cegos de vapor e vermelhos de vida. É sangue que corre nos meus sentimentos e não o enjôo morno de uma vida que se vai empurrando com a barriga. Barriga que vai crescer no sofá imundo dos acomodados. Eu ainda quero muito. Quero as três da manhã de um sábado e não as sete da tarde de uma quarta. Vamos viver uma história de verdade ou vou ter que te mandar pastar com outras vaquinhas? Docinho vá fazer pra quem gosta de lamber o seu cuzinho, porque aqui nessa boquinha só entra cher nourriture . Vá contar esse seu papinho de "Hey, you never know" pra quem conta com a sorte e sabe esperar. A sorte é sua de ser amado por mim e eu quero agora, ontem, semana passada. Amanhã não sei mais das minhas prioridades: posso querer dormir com pijama de criança até meio-dia, pagar 500 reais numa saia amarela, comer bicho-de-pé no Amor aos Pedaços ou quem sabe dar para o seu chefe em cima da mesa dele. Minha vontade de ser feliz é como a sua de gozar. E se eu te iludisse de tesão e levantasse rápido para retornar a minha vida? Você continuaria se fodendo sozinho para fugir da dor: é assim que vivo, masturbando minha mente de sonhos para tentar sugar alguma realização. É assim que vivo: me fodendo. Chega de ser metade aquecida, metade apreciada, metade conhecida. Chega de ser metade comida em meios horários e meio amada em histórias pela metade. Chega de sorrir para o que não me contenta e me cobrar paciência com um profundo respiro de indignação. Paciência é dom de amor aquietado, pobre, pela metade. Calma, raciocínio e estratégia são dons de amor que pára para racionalizar. Amor que é amor não pára, não tem intervalo, atropela. Não caio na mesma vala de quem empurra a vida porque ela me empurra. Ela faz com que eu me jogue em cima de você, nem que seja para te espantar. Melhor te ver correndo pra longe do que empacado em minha vida.

Tati Bernadi

Amo Noite e Dia


Tem um pedaço do meu peito bem colado ao teu
Alguma chave, algum segredo, que me prende ao seu
Um jeito perigoso de me conquistar
Teu jeito tão gostoso de me abraçar
Tudo se perde, se transforma, se ninguém te vê
Eu busco às vezes nos detalhes encontrar você
O tempo já não passa, só anda pra trás
Me perco nessa estrada não aguento mais
Iê, iê...
Passa o dia, passa a noite tô apaixonado
Coração no peito sofre sem você do lado
Dessa vez tudo é real, nada de fantasia
Saiba que eu te amo, amo noite e dia

Amor tem que ser o que não se espera

Amor tem que ser inserto. Tem que ser voraz. Tem que ser chama. Amor é fogo que arde sem se ver já dizia o poeta. Então para quer acabar com chama quem se tem se você pode prolonga-la colocando mais lenha nessa fogueira.  Quando se jura amor eterno os amores se acomodam se aceitam como são e diminuem o fogo a uma simples fagulha que num leve sopro pode se apagar. Querer casar para firmar algo é querer se acomodar no relacionar, sem se precisar surpreender ou sem precisar se impressionar. O amor mesmo que inserto é o alicerce mais forte para se segurar e confiar.
Williane Santos

Amor Mudo


Amar em silêncio.
É amar em segredo.
É sofrer calada, sem poder gritar
ao mundo, todo seu amor.
São cartas, bilhetes e presentes
engavetados.
Momentos especiais,
não compartilhados.
Lágrimas derramadas
sem ninguém, pra secá-las.
É via de mão única, onde o coração
transita na solidão.
É o beijo tão desejado
e nunca realizado.
E o eu te amo, que não sai da boca
pra fora.
Mas que se tornou eco
dentro do coração.

Apaixonada

 
Quero!
Quero tanto!
Ter você prá mim
(Você prá mim!)
Vida!
Minha vida!
Vida minha sim
Oh! Oh! Oh!...
Dono dos meus sonhos
Toda inspiração
(Inspiração!)
Lindo!
Todo lindo!
Doce emoção...

Amo essa ternura
Que há em teu olhar
Tua alegria
É quem me faz cantar...

Eu quero ser escrava
Desse teu amor
Faço tudo por você
Porque eu estou...

Apaixonada!
Sofro calada!
Tudo fica mais difícil
Sem você
...

Pra Todo Mundo Ver



Chega pra mim, diz tudo que quer dizer
vem correndo me ver abra o seu coração,
amo você,
e decidi perdoar, não aguento mais a solidão.
Já pixei teu nome no clarão da lua, pra todo mundo ver
colei frases de amor num outdoor na rua,
e falei na tv, que eu encostei mais não tranquei a porta,
a hora que quiser te aceito de volta,
sou a sua mulher nasci pra te amar.
(Eu nasci pra te amar)
Te amo (Te amo) te amo
Esse amor é chuva que não passa,
é nó que não desata.
Teu amor é ouro que reluz, e ilumina a minha vida,
sem esse amor eu não tenho saída.
Não é porque estou solteira que eu quero alguém, mas também não significa que eu não ame ninguém.

Você Sempre Será

 
Quando a lua tentar me encontrar
Diga a ela que eu me perdi
Na neblina que cobre o mar
Mas me deixa te ver partir
Um instante, um olhar, vi o sol acordar
Por de trás do seu sorriso, me fazendo lembrar
Que eu posso tentar te esquecer
Mas você sempre será
A onda que me arrasta
Que me leva pro teu mar
Sinto a calma em volta de mim
O teu vento vem me perturbar
Me envolve me leva daqui
Me afoga de novo no mar
Um instante, um olhar, vi o sol acordar
Por de trás do seu sorriso, me fazendo lembrar
Que eu posso tentar te esquecer
Mas você sempre será
A onda que me arrasta
Que me leva pro teu mar
Me perco nos teus olhos
E mergulho sem pensar
Se voltarei...
Posso tentar te esquecer
Mas você sempre será
A onda que me arrasta
Que me leva pro teu mar
Me envolve e me leva
Prá longe daqui
Me perco nos teus olhos
E mergulho sem pensar
Se voltarei...
Se voltarei...

Tentar esquecer alguém que você amou, é como tentar se lembrar de alguém que você nunca conheceu.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Expectativa... Vai que um dia aquele plano decola mesmo.

"Como é bom criar uma expectativa. Parece inevitável. Basta um sinal e lá vamos nós nos apegar aquela esperançazinha por menor que seja. Fazer planos com algo concreto é coisa para os medrosos, os atrevidos criam histórias com aquilo que não existe mesmo. Somos conduzidos pela nossa vontade e mais do que disposição é preciso muita coragem pra abraçar nossas loucuras. Não importa se o amor não vingou, se o emprego não rolou, se ficamos na vontade. Apostamos naquilo e ponto, mesmo que isso implique em uns tombinhos de vez em quando. Somos escravos dos nossos sonhos e por eles topamos qualquer desafio, corremos todos os riscos, inclusive o da frustração. Criamos expectativa porque acreditar é delicioso, e por mais que o chão seja um lugar mais seguro, nada como balançar os pezinhos láááá no alto. E quer saber... porque duvidar? Vai que um dia aquele plano decola mesmo. Aí não vai ser você o primeiro a atrapalhar por medo de altura, vai?!?"
 

Fernanda Gaona

A dor


Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente,
seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro,
com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva,
já que ainda estamos tão embrulhados na dor
que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:
a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,
sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir,
lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual
a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,
mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,
que de certa maneira entranhou-se na gente,
e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’
propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos,
que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou,
externamente, sem nossa concordância,
mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.


Um brinde


Um brinde ao acaso. Um brinde ao que deu certo, ao que não deu em nada. Um brinde ao caminho incerto, à pessoa errada. Um brinde à tudo que acontece, um brinde ao que nunca vai acontecer. Tudo que mudou, e a tudo que nunca vai mudar.
Rodrigo Tavares

Um brinde ao Novo! A um recomeço com Esperança e Renovação


Bom como começar e recomeçar... que difícil mudar! Ir de encontro ao desconhecido e sair da rotina, do comodismo e enfrentar os medos. Mas para ser feliz precisamos buscar sempre o melhor.

Tantas coisas aconteceram nesses últimos seis meses que me fizeram rever minha vida e ver que para ser feliz mudar era preciso. Chorei, culpei pessoas, questionei a Deus e fiz muitos "porquês" a ELE, tantas coisas tinham acontecido e em tão pouco tempo, me senti completamente perdida nos acontecimentos e nos meus pensamentos, que pareciam não querer ficar dentro da minha cabeça e iam atropelando uns aos outros me fazendo parecer que ia enlouquecer com tudo aquilo!

Mas ELE me mostrou com PACIÊNCIA e com o TEMPO, que era preciso tudo aquilo para que pudesse me abrir ao novo e hoje AGRADEÇO PELO APRENDIZADO, PELAS PESSOAS QUE ME AJUDARAM, DIRETA E INDIRETAMENTE, E PELO AMOR COM QUE FUI CUIDADA POR "ELE" NOS MOMENTOS DE ANGÚSTIAS, onde era nos braços DELE que eu me acolhia.

AGRADEÇO por me mostrar o melhor caminho, as melhores pessoas, as não confiáveis por mais que essa descoberta me fizesse sofrer, rever alguns valores, vontades e desejos, me fez querer ser uma pessoa melhor não só para com os meus, mas sim pra mim mesma.

Esses seis meses não foram só de "coisas ruins" muitas coisas boas aconteceram, e em maior número, grandes pessoas entraram na minha vida, outras que eu julgava fazer parte estão em quarentena! rs Sim parece estranho, mas é a mais pura verdade! São aquelas que você ainda questiona os prós e os contras se valem a pena ou não insistir.

Tive perdas inenarráveis! Algumas pessoas saíram de vez e deixaram saudades, outras já foram tarde! rs Algumas tentaram entrar mas não obtiveram sucesso...

APRENDI com todas elas, consegui separar e escolher cuidadosamente quem eu quero das quem eu não quero na minha vida. Egoísta? Não! Apenas uma mulher, sim uma mulher com face de menina, querendo ser feliz e não somente passar pela vida sem perspectivas, sonhos, atitudes, histórias, sem nada pra oferecer muito menos condições de receber algo de bom de um outro alguém.

DECIDI QUE EU ME ESCOLHO , não vou mais ir contra as minhas vontades e crenças para agradar um outro alguém. ESSA SOU EU E ESPERO, ESPERO NÃO EXIJO!, SER RESPEITADA, assim como vou respeitar até mesmo aqueles que em algum momento me desejam, desejaram ou fizeram algum mal.

Pode parecer hipocrisia o que estou escrevendo aqui, muitas pessoas vão pensar assim, vão até apontar e dizer que tudo não passa de uma imagem a ser vendida, a essas pessoas pouco me importa o que pensem! O QUE VALE É O QUE ESTOU SENTINDO... o resto é resto!

Mas haverá aquelas pessoas que permaneceram ao meu lado que conhecem e acreditam no meu caráter, a essas o meu muito obrigado, vocês fazem parte de mim e eu jamais me esquecerei disso.

O que vai ser daqui pra frente? Não sei!

O FUTURO A DEUS PERTENCE, E EU COLOQUEI O MEU AO DISPOR DELE! FIZ MEUS PROPÓSITOS E EU TENHO CERTEZA QUE SERÃO CONCEDIDOS QUANDO FOR O MOMENTO CERTO, QUANDO EU PUDER APROVEITAR COM PLENITUDE.

Enquanto isso vou seguindo meu caminho, com altos e baixos como todo mundo, mas SATISFEITA POR TER CONSEGUIDO DAR O PRIMEIRO PASSO..."

Modo de usar-se

"Coitada, foi usada por aquele cafajeste". Ouvi essa frase na beira da praia, num papo que rolava no guarda-sol ao lado. Pelo visto a coitada em questão financiou algum malandro, ou serviu de degrau para um alpinista social, sei lá, só sei que ela havia sido usada no pior sentido, deu pra perceber pelo tom do comentário. Mas não fiquei com pena da coitada, seja ela quem for.
Não costumo ir atrás desta história de "foi usada". No que se refere a adultos, todo mundo sabe mais ou menos onde está se metendo, ninguém é totalmente inocente. Se nos usam, algum consentimento a gente deu, mesmo sem ter assinado procuração. E se estamos assim tão desfrutáveis para o uso alheio, seguramente é porque estamos nos usando pouco.
Se for este o caso, seguem sugestões para usar a si mesmo: comer, beber, dormir e transar, nossas quatro necessidades básicas, sempre com segurança, mas também sem esquecer que estamos aqui para nos divertir. Usar-se nada mais é do que reconhecer a si próprio como uma fonte de prazer.
Dançar sem medo de pagar mico, dizer o que pensa mesmo que isso contrarie as verdades estabelecidas, rir sem inibição – dane-se se aparecer a gengiva. Mas cuide da sua gengiva, cuide dos dentes, não se negligencie. Use seu médico, seu dentista, sua saúde.
Use-se para progredir na vida. Alguma coisa você já deve ter aprendido até aqui. Encoste-se na sua própria experiência e intuição, honre sua história de vida, seu currículo, e se ele não for tão atraente, incremente-o. Use sua voz: marque entrevistas.
Use sua simpatia: convença os outros. Use seus neurônios: pra todo o resto.
E este coração acomodado aí no peito? Use-o, ora bolas. Não fique protegendo-se de frustrações só porque seu grande amor da adolescência não deu certo. Ou porque seu casamento até-que-a-morte-os-separe durou "apenas" 13 anos. Não enviuve de si mesmo, ninguém morreu.
Use-se para conseguir uma passagem para a Patagônia, use-se para fazer amigos, use-se para evoluir. Use seus olhos para ler, chorar, reter cenas vistas e vividas – a memória e a emoção vêm muito do olho. Use os ouvidos para escutar boa música, estímulos e o silêncio mais completo. Use as pernas para pedalar, escalar, levantar da cama, ir aonde quiser. Seus dedos para pedir carona, escrever poemas, apontar distâncias. Sua boca pra sorrir, sua barriga para gerar filhos, seus seios para amamentar, seus braços para trabalhar, sua alma para preencher-se, seu cérebro para não morrer em vida.
Use-se. Se você não fizer, algum engraçadinho o fará. E você virará assunto de beira de praia.
 
Martha Medeiros

SEJA UM IDIOTA



A idiotice é vital para a felicidade.

Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.

Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo,soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?

hahahahahahahahaha!...

Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?

É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí,o que elas farão se já não têm por que se desesperar?

Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.

Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.

Dura, densa, e bem ruim.

Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço,não tomar chuva.

Pule corda!

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.

Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável.

Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.

Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são:
passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!

Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!



Nem tudo é fácil


É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!


Amor Epidérmico


Seus pais foram jantar fora e deixaram o apartamento só para você, seu namorado e a tevê a cabo. Que inconseqüentes! Em menos de um minuto vocês deixam a televisão falando sozinha e vão ensaiar umas cenas de amor no quartinho dos fundos. De repente, escutam o barulho da fechadura. Seu pai esqueceu o talão de cheques. Passos no corredor. Antes que você localize sua camiseta, sua mãe se materializa na porta. Parece que ela está brincando de estátua, mas não resta dúvida que entrou em estado de choque. Você diz o quê? Mãe, a carne é fraca.

A desculpa é esfarrapada mas é legítima. Nada é mais vulnerável que nosso desejo. Na luta entre o cérebro e a pele, nunca dá empate. A pele sempre ganha de W.O.

Você planeja terminar um relacionamento. Chegou à conclusão que não quer mais ter a seu lado uma pessoa distante, que não leva nada à sério, que vive contando piadinhas preconceituosas e que não parece estar muito apaixonado. Por que levar a história adiante? Melhor terminar tudo hoje mesmo. Marca um encontro. Ele chega no horário, você também. Começam a conversar. Você engata o assunto. Para sua surpresa, ele ficou triste. Não quer se separar de você. E para provar, segura seu rosto com as duas mãos e tasca-lhe um beijo. Danou-se.

Onde foram parar as teorias, os diálogos que você planejou, a decisão que parecia irrevogável? Tomaram Doril. Você agora está sob os efeitos do cheiro dele, está rendida ao gosto dele, está ligada a ele pela derme e epiderme. A gravação do seu celular informa: seus neurônios estão fora da área de cobertura ou desligados.

Isso nunca aconteceu com você? Reluto entre dar-lhe os parabéns ou os pêsames. Por um lado, é ótimo ter controle absoluto de todas as suas ações e reações, ter força suficiente para resistir ao próprio desejo. Por outro lado, como é bom dar folga ao nosso raciocínio e deixar-se seduzir, sem ficar calculando perdas e danos, apenas dando-se ao luxo de viver o seu dia de Pigmaleão.

A carne é fraca, mas você tem que ser forte, é o que recomendam todos. Tente, ao menos de vez em quando, ser sexualmente vegetariano e não ceder às tentações. Se conseguir, bravo: terá as rédeas de seu destino na mão. Mas se não der certo, console-se. Criaturas que derretem-se, entregam-se, consomem-se e não sabem negar-se costumam trazer um sorriso enigmático nos lábios. Alguma recompensa há de ter.

A primeira vez


Você sempre me disse que sua maior mágoa era eu nunca ter escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo. Qualquer coisa.
Você sempre foi o único homem que me amou. E eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado.
Você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. E o único que sempre entendeu também, depois, eu dormir meio chorando porque é impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo.
Outro dia eu encontrei um diário meu, de 99, e lá estava escrito “hoje eu larguei meu namorado sentado e dancei com ele no baile de formatura”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, eu por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. Porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado.
Depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. E eu de calça colorida daquelas “bailarina”. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha da classe. Mas eu gostava de você porque você tinha pintas e eu achava isso super sexy. E eu me achei ridícula na foto mas senti uma coisa linda por dentro do peito.
Aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha da classe e sim uma estagiária metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Fingindo que ia desmaiar. Foi ridículo. Mas foi menos ridículo do que aquela vez, ainda na faculdade, que eu invadi seu carro e te agarrei a força. Você saiu cantando pneu e ficou quase dois anos sem falar comigo.
Eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro cd do Vinícius de Morais. Ou quando me deu aquele com historinhas de crianças para eu dormir feliz. Ou mesmo quando, já de saco cheio de eu ficar com você e com mais metade da cidade, você me deu aquele cartão postal da Amazônia com um tigre enrabando uma onça.
Também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquela festa brega, me viu dançando no canto da mesa, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu te olhar mesmo assim”.
Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios fazia isso com você mesmo. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo.
Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim. E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso.
Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim.
Minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. Tudo é você. Minha personalidade é você. Quando eu berro Strokes no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. Tudo é você. Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você.
Até hoje. Até essa manhã. Em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida cheia de coisas que não são ela. E que você usa para não sentir dor ou saudade. Foi a primeira vez que você deixou eu te olhar, mesmo você não gostando de mim.
E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu.

Tati Bernardi

domingo, 19 de junho de 2011

Tudo depende só de mim


"Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus. Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim."


(Charles Chaplin)
Gato preto não me traz azar. Ele só me causa alergia. Por isso quando tenho o prazer de ver um, me sinto com bastante sorte.

Williane Santos

Na catedral II

Sabe quando lhe vem uma ideia na cabeça que parece ser mais um chamado? Quando bate aquele vento lhe soprando aos ouvidos? Sabe aquelas sensação de que devemos fazer algo naquele momento? Pois então eu tenho muitas sensações assim. Devia seguir mais elas... mas agora não é o caso, depois falo de tais sensações. O caso é que hoje mais uma vez recebi um chamado ou um aviso não sei dizer direito. Era algo que dizia “vá até lá”.
E fui, larguei tudo que fazia e fui. Chegando lá sentei em um dos seus bancos, perto da Graça, me apeguei a ela. Fiquei a conversar aparentemente com ninguém avista dos outros do lado de fora, mas avista de dentro com Deus. E olha quem me aparece. Ele o tal padre Antônio que tem gente que acredita creio eu que nem existe.

- Menina, prazer vê-la aqui mais uma vez. Qual é a queixa dessa vez?
- Engraçado o senhor (em tom de deboche). Mas hoje não tenho nenhuma queixa, quer dizer vim por que alguma coisa me mandou vim aqui. E vim assim, sem muito porque ou com muito porque, não sei entender ou não sei explicar, sei lá.
- kkkkkkkkk menina você é engraçada por de mais. Acho seu pensar divertidíssimo...
- Mais é serio não sei por que estou aqui. E o senhor estar à visita ou faz morada aqui?
- Sim estou à visita. Por vezes tenho um serviço a fazer aqui. Por que a pergunta?
- Porque venho aqui às vezes e não vejo o senhor. Da ultima vez que o vi juro que cheguei a pensar que era uma alma penada ou o próprio Santo Antônio já que falei sobre amor da outra vez. Se não fosse pelo meu amigo como testemunha confirmaria o fato de que sou sensitiva como meu pai ou que definitivamente estou louca e preciso me interna na São Marcelo.
- kkkkkkkkkkkkkkk Santo eu? Será? Que amigo? Huahuahau você é fantástica menina, muito engraçada. Seu espirito por mais que não acredite é muito bom...
- Tá vendo você fala como se me conhecesse já, é muito estranho pra minha cabeça. E o senhor é muito engraçadinho me desculpe o termo, mas não é um padre muito comum ou o que eu esperava de um padre.
- Que bom que não sou igual aos outros padres. (em sussurros) Que eles não me escutem, mas são um bando de chatos (deu uma risadinha e eu balancei a cabeça confirmando). Mais sim você disse que veio aqui porque sentiu que tinha quer vim. Então pense por que será que veio?
- Sei lá estou confusa das ideias, não sei o que entender, o que aceitar, o que estar certo ou errado, como tenho que ser... aff viajei e tagarelei... não tenho ao certo do que faço aqui.
- Hum... interessante (passava a mão no queixo, com uma certa cara de menina louca essa)... acho que sei... é eu sei do porque estar aqui. Veio aqui para conversar comigo.
- Com você, mas porque?
- Hora não questione os propósitos de Deus menina. Você sentiu que precisava vim e eu estou aqui. Você se encontra perdida nas ideias e acho que posso lhe ajudar nisso. Vamos lá me conte suas confusões.
- Proposito de Deus? Concluiu então que ele brincando é fantástico... mas assim no cru, do nada... (ele me olhando com cara de afirmação) tem que ter calma. E não me olhe assim... isso aqui estar parecendo mais uma confissão...
- Se acha que tem tantos pecados assim então vamos ao confeccionaria. (sorrindo ela dizia)
- Engraçado o senhor... apesar que nunca me confessei...
- Nunca? Meu Deus temos que lhe exorcizar e tirar todo o mau do seu corpo.
kkkkkkkkkkkkkk Ambos caímos na gargalhada.
- Tá bom então, apensar do senhor parecer uma pessoa estranha me parece ser confiável... mas tenha calma não sou de vomitar as ideias assim para todo mundo.
- Eu sei criança, mas vamos faça um esforço que tal começamos pelo assunto da outra conversa. Que tal falar sobre o amor?
...
Continua...

FODA!


Pra ele eu era foda. Apenas. Não como adjetivo, mas como substantivo. A foda do fim de semana.
Pra mim ele era foda. Tudo. Não como substantivo, mas como adjetivo. O cara mais foda do mundo.

Yvone Delpoio

Alguém que guardo


Saudades de você. Não são saudades dos seus beijos ou carícias, desses já não lembro. Não são saudades dos seus olhos apertadinhos, desses eu lembro olhando tenros para mim, mas não são deles que sinto saudades. Sinto saudades de você. Da pessoa que você é, do homem ao qual eu admiro. Que dia ou outro aparece por aqui em uma imagem, em uma frase. Vez ou outra seu nome me encontra. E a cada vez descubro coisas novas. E o admiro mais. E sinto mais saudades. E então penso que queria estar perto para compartilhar minha admiração, para dizer que eu gostei do que eu vi e ouvir o que você pensa e o que você sabe. É disso que tenho saudades. Do homem, do amigo. De estar junto de alguém inteligente e conversar bobagens e fazer teorias sobre a vida e pessoas e o futuro. Mas não mais faremos teorias juntos. Então faço minhas próprias teorias e penso que teoricamente é assim que devemos ficar. Longe, distantes de qualquer aproximação. Teoricamente nos perdemos, pois nos desprendemos quando já juntos não estávamos. Mas não acho que o tenha perdido completamente, pois ao mesmo tempo em que perdi o homem e a amizade, eu ganhei alguém para admirar. Alguém que sinto orgulho de um dia ter estado perto. Alguém com quem fiz teorias sobre a vida e pessoas e o futuro. E minha teoria sobre o futuro, ou melhor, “nosso futuro”, é que não teremos mais futuro. Você continuará onde está e eu, de longe, sempre te observarei encontrando imagens e frases e seu nome. E sorrirei porque assim me sinto satisfeita. E a saudade diminui um pouco, mas também aumenta um pouco toda vez que vejo e lembro o homem ao qual sempre admirarei.

Yvone Delpoio

O Livro


Ele me deu um livro. Eu dei a ele um livro. Coincidência. Ele me deu poesia. Eu dei romance. Não conheço esse autor, eu disse. Foi recomendação do vendedor. Não acredito que você me deu esse livro! Como conseguiu? Como achou? Procurei em todos os sebos da cidade. Encontrei no último. Gostei desta, curta, intensa. Que bom que gostou. Nem olhou. Vou devorar esse.
Queria ser aquele livro. Queria que ele me amasse naquele instante como amara aquele livro que ele ainda nem tinha lido. Mas pelo menos ele se esforçava. Ele me olhava com interesse, atenção e um pouco de carinho. Mas quando abriu aquele pacote seus olhos tinham uma paixão de olhos grandes, empolgante. Queria ser aquele pacote. Queria que ele me devorasse. Com olhos. Queria que minhas coxas fossem aquelas páginas. Que a boca fosse a capa. Queria que meus olhos fossem aquelas frases. Meus seios seriam as dobras na ponta do livro. E meu perfume seria aquele cheiro de livro velho, guardado e amarelo. Ele adora cheiro de livro velho. Eu não. Me ataca a rinite.  Em silêncio, eu lia o livro de poesias. O do vendedor. Não pude reclamar. Foi uma ótima escolha. Amanhã irei visitá-lo, pensei. Pode indicar outros bons. Eu lia meu livro do vendedor com uma luz baixa da luminária ao lado da minha poltrona azul. Ele lia O Livro esparramado no meu sofá como se estivesse vendo a final do Campeonato Brasileiro de Futebol. Por um momento achei que ele havia pedido cerveja. Continuei a leitura, introspectiva. Ouvi uns gritos e até gemidos! Ele estava fazendo sexo com O Livro. Ali, do meu lado. No meu sofá! E não era comigo. Era com aquele maldito livro. Ah se arrependimento matasse, teria morrido ali e ele nem aí. Estaria muito entretido fazendo sexo com o livro. E ele estava mesmo chegando ao orgasmo. Mas eu até gosto. Gosto dele com olhos grandes, lendo livros e gozando com eles. Gosto muito desse homem que faz sexo com livros com direito a gritos e gemidos. Enquanto tento ler meu livro de poesias num clima calmo. Mas não agüentei. Espiei com um olho por cima do livro. Me entreguei àquela cena e admirava aquele sexo dele com O Livro. Não hesitei. Fechei meu livro e virei uma voyeur daquilo. Ele mal sentia minha presença. Eu só observava. Seriam horas e horas até a última página. Ele não ia parar sequer para respirar. Ele ia até o fim. E eu esperei e esperei e esperei. E não cansei. Depois ia ser a minha vez.

Yvone Delpoio

Porque o teu gostar por mim tem que ser leve, tem que se lindo, tem que ser limpo.

 
Ele pra ela: Eu gosto de você.

Ela pra ele: Gosta? E desde quando gostar é querer ver o outro pelas costas? É querer humilhar, trair e desmoronar? O meu gostar por você era nada disso. Era querer-te sempre perto. Era cuidar. O meu gostar por você era fazer leite quente antes de dormir. Era ligar pra saber se estava tudo bem quando demorava pra chegar. O meu gostar por você era medir a temperatura pra ver se a febre tinha passado. Era ficar horas no telefone quando você perdia o sono. Era querer te ver sorrindo. Era querer-te bem. O meu gostar por você era passar a noite inteirinha na rede e bordar planos no tecido da noite. Era remendar os trapos que você espalhava pela casa com os teus 'eus'. O meu gostar por você era assim. Não isso duro que você me fala. Não isso seco, isso farpa, isso caco de vidro. O meu gostar por você não se mede em frascos, mas em doses de paciência e atenção, carinho e cuidado. Mas o que você me dá é pesado e eu não aceito.

Porque o teu gostar por mim tem que ser leve, tem que se lindo, tem que ser limpo."

Cris Carvalho

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Essa menina quer ficar assim

Pessoas estão demais a se preocupar com esta menina. Notoriamente percebe-se o porquê. Observe-a, ela escolheu ficar assim a qualquer canto da casa jogada como um trapo, usando às vezes uma certa camisa que a envolve de lembranças.
Essa menina que não se faz muito tempo e nem muito pouco estourou as ideias com uma pistola de rancor que a transformara em uma outra ela. Ela mudou, se conheceu de uma outra maneira. Se rebeldiou pode se dizer assim, se apresentou aos novos e alguns velhos com uma nova roupagem. Era ela, sendo ela, uma outra ela, prendendo a velha ela dentro dela mesma, não de mentira, mas vivendo uma verdade criada por ela.
A verdade mais mentirosa. Queria se enganar, queria se iludir, não queria aceitar, queria viver de uma nova maneira, não queria ser mais ela, não queria ser mais dele. E não foi atrás e se afastou. Tudo era uma defesa, ela só queria se proteger de se mesma, não queria ombros, não queria vivenciar magoas, dividir tristezas ou correr atrás delas. Não queria demostrar que sofria e mentia para não mostrar sua dor, seu orgulho ferido, para não ter que explicar a ninguém e para ele não ver que ela ainda o amava. Que por ele sofria e por isso mentia, se dizia muito bem, muito livre, muito feliz.
Saio ao mundo, mundo novo, mundo estranho, mundo demasiado de gente que ela não conhecia mesmo que conhecendo. Foi andando e descobrindo tudo muito que rapidamente. Ela não se assustava, não tinha medo, perdeu quase que todos os sentidos e sentimentos, esfriou-se, não pestanejava, não ligava pra mais nada, não engolia ao seco, mas aos montes e vivenciou coisas e se misturou a elas. No perigo, na corda bamba.
Fazia-se alegre, mulher sem dores e feridas, sem cortes ou cicatrizes. Era perfeita nas conclusões, decidida ao que queria. Se desfez de fotos, de lembranças. Encaixotou tudo, repassou presentes, não queria nada dele. Pois ele não se encaixava mais a nova ela. Só festejava, aprontava às vezes, enganava aos montes e não amava, não chorava, não sentia, era pura anestesia, uma viva morta. Linda, bem vestida, maquiada, no salto, olhar que mentia, que enganava. Na pista dançava, no bar bebia e aos tolos castigava com sua canalhice.  Todos a adoravam assim. Uma fingida. Mas ninguém sabia o que se passava, ela escondia, não compartilhava. Não confiava em ninguém.
A maior das pilantras na verdade escondia em baixou das roupas a ferida que teimava em não cicatrizar. Com mentiras tentou suturar o corte que haviam deixado, drenar também não funcionou. O grande corte que ele a fez no peito sangra tão lentamente que a faz se nausear das ideias.
Depois de tantas loucuras, escolheu ficar quieta, em seu canto. Viu que nada que fez adiantou. Que não a fazia bem. Ela não o esqueceu. Ela ainda o ama e senti sua falta. Notou-se que ficar ali embaixo de suas cobertas ou no seu quintal a banhar-se de sol ou da lua, é muito mais seguro do que se deixar tocar pelo mundo que não é seu, que não é sua escolha, que não a faz bem por dentro e que estraga sua pele. Por vezes se agarra ao travesseiro, o inunda com sua alma, tenta resgatar as magoas, as raivas, mas é inútil ela não o deixa e de amar e se pega no fim de cada lembrança ruim sussurrando um te perdoou repetidamente em dezenas, em centenas, ela o perdoa incansavelmente fortalecendo o que senti.
Preferiu ficar assim do que a continuar a se enganar. Ela não se viu com necessidade de se auto mutilar e deixa-se sujar por mesquinharias e escrotisses aleias. Resolveu se mostrar como é a se mesma. Se aceitou. Aceitou seus reais sentimentos, aceitou a dor. Não tem mais vergonha de se mesma por amar quem ama. Por amar que a ferio tanto. E por isso agora ela se isola. Ela não quer contato, ela quer ficar só, não quer ninguém, prefere a dor ou o amor que ela não mais tem. Seu amor distante, que a esqueceu. E por isso sofre, sofre com saudade, com nostalgias, com lembranças, com devaneios e desejos que não controla.
As pessoas que estão a se preocupar com esta pessoa a ligam, a visitam, a convidam aos montes. Mas ela não quer ir a lugar algum, ela não quer ouvir nada, nem dizer nada, ela não quer nada do que a oferecem. Ela só quer viver ao seu modo, quieta, do seu jeito. Afogada nos livros, em seus estudos.
A dizem que ela precisar encontrar um novo amor. Sair e se diverti, ocupar o tempo. Que se trancafiar dessa maneira não resolve, que precisa rir e encontrar quem a faça rir. Que precisa tocar algo, tocar alguém. Que precisar deixa-se levar a vida. Mas ela não quer, ela não deseja a ela nada disso. Ela não que sair e encontrar um novo amor. Pra ela isso é ridículo, maior falta do que fazer, ideia de gente vazia que não sabe o que é amar. Amor pra ela não se acha assim em qualquer esquina. Pode ser no acaso, pode ser a um primeiro olhar, mas não dessa maneira, onde se empluma e vai à rua, procurando um rosto qualquer e escolhe “é aquele bonitinho que vai ser meu amor e decidido”. Não, para ela amor não se procura, não se acha, amor pra ela aparece mais que de repente. Ela estando em casa ou não, momento certo ele aparece. Tocar, ela não quer tocar ninguém, não acha certo ao seu corpo, ao seu peito ferido, as suas vontades. Ela não estar ao desespero da carne, não estar com vontades, ela vive sem beijo, sem sexo, sem roer osso. Ela vive bem sem isso. Ela não é ninfomaníaca, conclui-se assim. E tem muitas coisas a fazer, não vive com seu tempo parado. Tem seus sonhos e precisa dedicar-se a eles para transforma-los em realidade.
A menina por mais que não pareça, vive bem, vive feliz por muitas vezes. Se gosta assim quieta, na sua nova rotina. Tem tudo e não tem do que reclamar. Pernas pra cima, comer, dormir, estudar. Vivendo de livros, escrever, musica, dança, series, filmes. Vida boa ela conclui. Ela só senti falta do sentimento, do carinho, dele e de mais ninguém. Se quer ajuda-la com algo, não atrapalhe, não ofereça ombro, mas sorvete de tapioca e brigadeiro ela aceita. Boas conversas e brindes de gargalhadas ela também aceita. Só não forcem a ela ser ou fazer o que ela não quer. Deixe-a viver a dor e quem sabe assim um dia para ela tudo isso passa.
Williane Santos