segunda-feira, 16 de maio de 2011

Estrela solitária, Estrela feliz!



Não há coisa melhor para confortar um coração do que se perder em momentos de nostalgia de tempos felizes. Fotos contando uma trajetória, contando um momento lúdico de minha vida, que foi sem duvida alguma o mais especial de todos. Por que foi um sonho realizado, foi um sonho inesquecível.
Há alguns dias voltei alongar meu corpo. Inicialmente todo o corpo dói. Mas sentia essa necessidade de voltar a sentir aquele conforto do corpo flexível , da postura regular, do andar firme.


Revirando a parte do armário onde se guarda coisas do passado, achei ali meus colas, bodies, faixas, meiões, caneleiras, meias-calças, legues, saiotes, presilhas... e as queridas sapatilhas. GRD e Ballet com certeza foi o melhor faze de minha vida.
Me sentia livre com meu corpo flexível que se dobrava e esticava. Lições jamais esquecidas. Postura, saltos, passos, disciplina, treinos, repetições, músicas, ensaios e mais ensaios, competir, subir ao pódio, medalha, troféu. Reconhecimento da treinadora (melhor tia do mundo) pai na platéia todo orgulhoso. Definitivamente não tinha nada melhor.

Era uma correria cansativa gostosa de se viver. Tudo era tão bonito, delicado, suave, infantil. Tudo era tão menina de oitos anos e moça aos quatorze. Era toda minha inocência mostrando ali no meio da quadra com movimentos suaves para quem via e fortes para quem realizava. Não canso de falar e nem de repetir com felicidade estampada no rosto. Mas era tudo tão bonito. Melhor, era um sonho lindo. Mãe me arrumando... fivelas na cabeça, o glitter nos cabelos, faixas cor de rosa, coque no cabelo, pernas flexionadas. Bailarina flutuante, cola preto, saia tule, meias cor de rosa, sapatilhas entrelaçadas dançando na ponta dos pés, girando... um, dois, três... um, dois, três... outrora Ginástica escalando, brincando de estrelinhas, saltos no ar, fitas flutuantes, arco deslizando pelo corpo, esferas lançadas no alto... coreografias que se repetia, se repetia, se repetia em busca da perfeição da pequena menina. Que nunca se cansava, pois era seu sonho. Era tudo que ela mais gostava.



Saudade desse tempo que ficou no passado, onde eu adorava me sentir criança, mas que nos olhos dos outros já era uma moça. Onde a inocência existia. Onde não sonhava com amores, onde não se tinha problemas. ONDE SOZINHA NO PALCO A ESTRELA SE SENTIA FELIZ!


Já decidi! uma das minhas metas agora é voltar para o Ballet.

Willi S.

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Você lê e sofre. Você lê e sorri. Você lê e engasga. Você lê e tem arrepios. Você lê, e sua vida vai se misturando no que está sendo lido. Caio F. Abreu