segunda-feira, 13 de junho de 2011

Não entendo


Eu não entendo essa busca alucinada por outro corpo, por qualquer corpo, corpo sem alma, sem rosto, sem nome.
Talvez para serem facilmente substituídos depois.
As pessoas não querem àquele corpo, elas querem qualquer corpo, esse, àquele, e outro.
O que estiver mais perto, o que for mais fácil, o que der menos trabalho.
E de preferência que não tenha alma, que seja vazio de amor, que não crie laços.
E as pessoas se entregam à essas relações vazias, pois não aguentam mais estarem sozinhas.
Trocam sua solidão por qualquer relacionamento vulgar.
E aceitam viver de mentira.
E aceitam o pouco que lhe oferecem.
E fingem ser felizes.

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Você lê e sofre. Você lê e sorri. Você lê e engasga. Você lê e tem arrepios. Você lê, e sua vida vai se misturando no que está sendo lido. Caio F. Abreu