sábado, 16 de julho de 2011

Mas um sábado qualquer : |


Dormi muito pouco como sempre, mas hoje, mas que os outros dias acordei mais cansada do que antes de dormir. Levantei, corri atrás de algo pra comer e seguir em direção ao computador. Abro a tela e estar lá você online, mas a minha coragem não. E fiquei olhando sua foto, pensando “será mesmo que ele vai ligar?”. Meu corpo doía, há gripe indo embora, tratei de cuidar de tudo que era de minha obrigação a fazer e você ainda não me ligava. Me olhei no espelho e um susto, mas que isso, que cara de morta, dizia aos gritos a mim mesma e resolver fazer uma sessão beleza, pois meu horoscopo dizia que isso hoje me faria bem e não é que fez.
Pé, mão, sobrancelhas, maquiagem, bolsa de coração... quando dei por mim, já estava arrumada pronta pra sair. Já era 14:30h e eu estava na rua, caminhado sem sentido, pra lugar algum, só queria caminhar, pegar vento no rosto e vento foi algo que não faltou hoje, e vento frio. Entrei na loja de conveniência e pedi café com bomba de chocolate, me fartei e até uma aparente felicidade eu sentir. Mas durou pouco, pois me deparei com uma multidão insana, marchando e gritando coisas sem sentidos e claro como sempre, esses insanos me vem e dizem que preciso ir a igreja e outros blábláblás. Deve ser minhas roupas ou devo ter uma cara de que precisa ser exorcizada urgentemente. Fiquei possessa, acabaram com minha aparente anestesia, minha felicidade momentânea passou e voltei à loja de conveniência e comprei uma ice com cachorro quente. Sai andando, me olhavam horrorizada e eu fiz a melhor cara de mal humor possível.
Para piorar o humor, o telefone começará a tocar, a cada vibração ela pensava deve ser ele, e não era. E vinha, na cabeça, ele não vai ligar. Fui seguindo o caminho de volta, recebendo mensagens e ligações que desdenhava. Ficava mais possessa ainda, nenhuma era dele, e por que dava tanta importância? Por quer ficar assim na disponibilidade? Não entendia, mas sabia o porquê. Queria ouvir o que ele tinha a dizer, queria saber algum por que, queria ouvir a voz.
Chega em casa, entra de novo naquele buraco virtual e ver, uma atualização [ : | ], que havia se passado em 10 minutos. E só o que ela sabia sobre ele era isso : | (que significa decepcionado, naquele buraco), mas por que tava decepcionado? E agora no meio de tanta ladainha insignificante, mais um a liga, de um numero estranho, e mais uma vez ela atendeu achando ser ele, mas não era. Agora eu faço essa cara : |, a decepcionada sou eu. Tristeza, pra que disse que ia ligar se não vai? Pra me deixar assim na sua espera, pra me deixar assim pensando, lembrando, querendo mais de você?
Willi Santos
                                                                                “Pisando no chão do imprevisível, eu arrisco alguns passos,
quem sabe ainda encontro amparo em teu braços...
 Ou não? Você vai continuar assim, nessa
desimportância de não me ter nunca mais?”
Susana O. Vegini

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Você lê e sofre. Você lê e sorri. Você lê e engasga. Você lê e tem arrepios. Você lê, e sua vida vai se misturando no que está sendo lido. Caio F. Abreu