sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Incógnita


Os dias passam e vão se resolvendo sem sentido, por razão certa, mas confusamente desconhecida. Entender o porquê disto e doutros não me faz mais sentido, se no final de todas as contas o dia de amanhã sempre cuidara do dia de amanhã. E isso é tão certo como dois mais dois é igual a cinco. - Limitei-me a ousadia de descobrir o que posso fazer por hoje, e aprendi que isto por menor que aparente ser estar a me bastar. Tenho do que preciso, não posso reclamar a não ser agradecer e deixar o magnetismo atrair o por maior – Por enquanto viver da água e do pão, apenas o necessário. Assim vou mantendo o corpo limpo de um vicio – Meu nome é Incógnita e vivo sem ele por meses, dias e horas... Mas confesso, ontem eu me peguei chorando antes de dormir por coisas que já não me servem mais, que foram e que não irão ser. Me refugiei nos lenções e logo dormir com os olhos secos, sem dar importância na precisão dos fatos. Aprendendo! O que foi não é mais e pronto! – Admito que para quem têm uma memoria falha como a minha que lembra involuntariamente do que não se quer e driblar todas as armadilhas da própria mente para substituir pelo necessário é lição árdua, difícil e possível! Acredito assim... A dor, ela passa! Uma hora passa! Tudo passa nessa vida. Algumas voltam e nunca se saberá por que. Outras se cruzam sem ao menos entender o sentido. – Dizem que tudo já estar escrito. E já eu, vou seguindo. – Acredito que o acaso e o destino são os filhos do tempo, ligados um a outro para nos mostrar o quão limitado é o nosso livre arbítrio. A regra nisso tudo é não dar meia volta por cima, cair na preguiça, na inercia vazia. O futuro será consequência do trabalho de hoje! O que não pode é deixar morrer ou pular na ansiedade de querer colher pra já, o que só poderá estar maduro amanhã. Se mover a longos e curtos passos continuamente ira gerar algo antecipadamente consumado. Fato! Descobrir que quando nos comprometemos ao que queremos conseguimos tudo magicamente. Assim seja! Providencia Divina? – É pode ser...ao menos pra mim é. Porque o que se pode fazer é dá a volta por cima de tudo, bem cheio de vontade porque se não se decidir fazer do infortúnio um triunfo o mundo se encarrega continuamente a dar voltas em quem perde o controle dos próprios atos. É a função dele “girar” e só a duas alternativas: ou segue, ou segue! Pois ainda não existe maquina do tempo. E como cantava Cazuza “O tempo não para”. – O lado bom sempre estará do lado incomodo, não tem pra onde correr, mas veja há sempre Esperança no meio de todo este caos. Pelo menos isso, por que tenho que confessar uma coisa além da força que carrego. Tenho um medo que me assombra no momento, e não é tão assustador assim. Posso dizer no mais estranho caso que venho convivendo bem com ele. Mas ele não faz parte daqueles velhos medos cultivados, que por sinal de tão velhos já morreram. O medo é novo e creio ser meramente comum. Me plantei em casa. Isolamento quase total. Criei medo de gente. Das pessoas de todos os lugares, não tenho paciência e nem cara no momento pra deixar bater. Me privo na ocasião das maldades alheias ou daquilo que posso ver a caminhar por ai. Não quero esbarrar por um acaso e ver sorrisos falsos. Não sei do que sou capaz de fazer, pois ainda não sou como aquelas pessoas totalmente maduras que ignoram as feridas sem ir na cara e rodar a mão. Então me privo da diversão de cair no ridículo e me aquieto por enquanto. Metaforizando... Como borboleta no casulo ou escondida numa concha. Tudo em prol da evolução. – Já dizia alguém “É do sofrimento da ostra que nasce a perola”. Me tornarei então Perola ao fim disso tudo! Depois que eu me levantar de olhos e braços bem abertos dessa coisa toda que parece uma rotina, mas não é, serei aquilo que quero e ser. Meu Ritual atual é uma adaptação necessária que todo ser faz a sua maneira para continuar a viver. – Levanto, acordo, me alimento, respiro, abro o livro e cafeínada me mantendo com os olhos fixados no objetivo, alimentando o sonho. Robótica? Talvez... frieza... sim, muita... não vejo pra que e nem pra quem pagar de sorriso, mas me divirto ao meu jeito e trejeitos. O que posso afirmar é que coisas que ainda são gritadas ao meu pé do ouvido não me abalam mais. Dei lugar pro Otimismo que é mais bonito e deixei a Fé me trazer a tal da Sorte, que me diz ela que já estar chegando. Boas coisas virão me digo todos os dias sem olhar para atrás para se ter certeza, muito menos como desculpa pra pegar impulso. – E quem sou eu? A Libriana se equilibrando na corda bamba caminhando em busca das realizações dos próprios sonhos!
*escrito no dia 27/09/2011
Williane Santos


Ps: Quando o Lucas Repetto comentou "Saindo do casulo verá tuas belas asas Angel-Butterfly!" lembrei do que tinha escrito meses atrás..(e eu adorei o "Angel-Butterfly") XD

4 comentários:

  1. Oie lindona


    E eu a geminiana rsss.
    Lindo o seu texto.

    beijos e ótimo fim de semana.
    meu carinho

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  2. De nada robótica e sim totalmente humana! Estes passos no ostracismo são necessários para que reabilitemos antes de tudo a fé em nós mesmos (...) de nada vale ficar rodando na roda da vida se não for para parar, refletir, sentir e crescer! Por isso é totalmente valida a ideia de refugiar-se em você mesma. É viver intensamente seu momento com seus desabafos e gritos internos. É oferecer para o cara da esquina seu mais suave veneno que por hora será considerado cura para quem quer que o tome. Não a fórmulas e muito menos desfórmulas para um caminho tão pleno quanto o que muita doutrina prega. Somos (im)perfeitos como somos e temos de nos permitir sentir cada sentimento criado por obra divina. Se um dia de repente você não ver mais necessidade de questionar tudo e todos é porque sua vida acabou. E tenho certeza uma eternidade há por vir com estas asas que você vem batendo cada vez mais forte. Permita-se, mas permita-se sempre o melhor para você, seu espírito e matéria.


    Veja:

    http://riscoentrelinhas.blogspot.com/2011/09/mude.html


    Ps.: que bom ter admirado o angel-butterfly!

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  3. Você me entende Lucas Reptto, sem tira nem por rsrs

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    Eu também não me acho robotica não, mais querem me achar, fazer o que né. É dificil para alguns verem que eu estou determinada em realizar sonhos. Sonhos estes que são inteiramente meus. E só. O egoismo me pegou. Agora só me vejo rs!

    Obrigada pelo carinho :D

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Você lê e sofre. Você lê e sorri. Você lê e engasga. Você lê e tem arrepios. Você lê, e sua vida vai se misturando no que está sendo lido. Caio F. Abreu