Amor um dia acreditei ser você o meu eterno. Eu e você passamos anos juntos ali no sofá pequeno, abraçados, deitados um do lado do outro sem espaço, trocando beijos de esquimó até pegar no sono. Só você conseguia me fazer dormir e eu lhe fazer feliz. Onde você me apertava dizendo “só minha, só minha”. Onde eu lhe mordia dizendo “só meu , só meu”. Onde aquele apartamento vazio se tornava só nosso. Onde era só eu e você, longe de tudo e de todos. Eu ali com a lingerie que você mais gostava na cozinha preparando o nosso brigadeiro de fim de semana, enquanto você sem roupa me abraçava daquele jeito acariciando meu pescoço com teus beijos, me dizendo “se acostume, quando agente se casar será assim todos os dias”, eu feliz com tudo aquilo só sorria. Acreditamos por muitos instantes que tudo seria sempre assim, que seriamos únicos. E éramos. Acreditamos de mãos apertadas que seria para sempre felicidade. Mergulhávamos em nossos abraços quentes e por varias vezes nos amamos ali no chão, no quarto, no sofá, em lugares secretos, onde seu olhar encontrava o meu e o meu olhar se perdia dentro do seu. Quantas vezes rimos juntos e choramos juntos. Varias né. Você era meu porto seguro e meu colo com cafuné era seu abrigo. Sim por muitas momentos formos felizes e existem coisas que só eu sei sobre você e você sobre mim que ninguém mais ira saber. Mas tudo que era bonito se perdeu, o cristal da confiança se quebrou. Nossos erros pesaram com mais força no final que acreditávamos que nunca iria chegar. Hoje você se tornou meu passado esquecido, desconhecido. Nem nos tornamos amigos. E me desculpe, mas nem quero ser, um dia quem sabe, mas por agora não. Nos tornamos só lembranças que devem ficar na caixa dos esquecidos. Chega a ser triste quando se para pra pensar. Mas escolhi não fazer isto.
Williane S.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Você lê e sofre. Você lê e sorri. Você lê e engasga. Você lê e tem arrepios. Você lê, e sua vida vai se misturando no que está sendo lido. Caio F. Abreu