domingo, 31 de julho de 2011

Desconfiada


Sabe quando você senti o cheiro de mentira no ar? Sabe aquela sensação de que te fizeram de uma piada de mão gosto? Aquela bendita sensação de que estão rindo da sua cara? E aquela outra de que foi precipitada em algo? Pois então, sinto algo de errado me pairando!!!
 Mas sendo lá o que for, que se FODA!!!!!!!

Williane Santos

Eu tenho um blog :P

 *___*
Tô no caminho!!!

sábado, 30 de julho de 2011

E lhe dei tanta de minha importância por tanto tempo que agora por fim vou-me embora de ti. W.S.


Mas enchi meu peito surrado e murcho de coragem e te disse que, infelizmente, onde você era apenas um copo d’água eu era a tempestade.



TATI BERNARDI

Apesar do medo, escolho a ousadia. Desculpem, mas devo dizer: eu quero o delírio.
Lya Luft

"Alguma coisa explodiu, partida em cacos. A partir de então, tudo ficou mais complicado. E mais real”


Mais de meio julho e um agosto inteiro a atravessar. Conseguiremos resistir?



CAIO F. ABREU

P.S.: Sim querido Caio, conseguiremos!!! XD

Sutura *

Esse texto conheci tempos atrás no Menina Paradoxo e não tem como não gostar dos textos da Bela Teixeira...Deguste-o:

“Sem querer me machucar de novo por culpa do amor” *


Na medicina algumas coisas são aparentemente muito simples. Algo que não presta? Que não deve estar ali?! Com uma incisão precisa, corta-se, abre-se, retira-se o que não presta e fecha-se. Pontear é algo aparentemente muito simples e um dos primeiros aprendizados. Mas, suturar é uma arte! É o acabamento!

É o paciente quem vai voltar pra casa tendo que sentir as dores do procedimento e quem vai lidar com a cicatriz resultante, bela ou não. Às vezes com um dreno pra ajudar a restabelecer equilibro no que agora é um espaço vazio.

Seria ótimo que tudo fosse simples, fácil e indolor! Seria ótimo que todos os cirurgiões tivessem a maestria dos cirurgiões plásticos, que deixam marcas quase imperceptíveis. Mas, a vida não é sempre fácil. E, às vezes, pode doer muito! Não passamos por ela sem carregar algumas cicatrizes. Não há quem não as tenha!

Aquela marca de infância - o corte na lata de doce, o joelho marcado por tombos... Ou as mais sérias: os pontos daquele corte profundo quando você quebrou o vaso preferido da mamãe, a marca da cirurgia de hérnia ou de apêndice... o corte que ganhou no supercílio quando foi cabecear aquela bola na frente do gol!

Às vezes essas marcas somem. Às vezes a gente põe uma roupa que disfarça, faz uma bela maquiagem. Outras vezes ostenta como um verdadeiro troféu!

Mas... é possível ostentar um coração sofrido? Não há maquiagem que disfarce as cicatrizes deixadas por aqueles que passaram e arrancaram um pedaço da gente. Alguns, ao levarem, deixaram outro em troca no lugar, e é preciso aceitar as marcas dessa interação e um ou dois pontos para fixar. Porém poucos são os cirurgiões plásticos, apesar de bem intencionados.

Como lidar com o medo de abrir um coração tão machucado?! Depois de tantas partidas e despedidas? O medo de expor suas marcas e seus troféus.

Cicatrizes ficam bem desde que não sejam remexidas. E levam tempo pra conseguirem ser tocadas. Precisam ser devidamente drenadas e o vazio remodelado.

Sentimentos não são coisas simples. Existem sentimentos que são como tumores, que insistem em crescer se espalham e se enraízam. Às vezes dolorosos de lidar e impossíveis de remover. Sempre voltam a crescer.

Mas é possível aprender a lidar com isso. Faz parte da vida e tudo é aprendizado. Proteja-se do que for possível, aprenda do que for inevitável!

Na hora, as feridas doem, mas depois de um tempo os pontos secam... E o que era uma sutura dolorida, cumpre o seu papel [o fio que (re)une um tecido vivo que foi rompido] e junta tudo, deixando apenas uma sensibilidade diferente, que você até se acostuma e esquece que tem, até alguém notar.

Na hora da crise, analgésicos.
Na hora da festa, maquiagem e salto alto!

Se quiser me amar ou me ter na sua vida, você precisará aceitar também minhas cicatrizes. Elas são parte de mim. Você não precisa amá-las, basta que elas não te assustem e você vai acabar se acostumando e simplesmente perceber que elas são responsáveis por algumas das minhas formas e justificam algumas das minhas atitudes e muito dos meus medos.

Talvez elas apenas te lembrem de ser mais cauteloso, pois, já sofri demais, mas não me neguei a amar. E que, por conhecer bem a dor, não quero te fazer sofrer. E que entre nós haja sutura e não o corte.

"Quando se aprende a amar, o mundo passa a ser seu" *


 
 

Hoje o bom humor Impera (Extravasar é o lema)

Vamos dançar?!!!










A música liberta a alma, a dança liberta o corpo. Sintonia perfeita!!!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Talvez seja:


Nem terapia, nem remédio, nem bebida, nem amigos, nem oração. A única coisa que ajuda a superar um menino é um homem.



TATI BERNARDI

Como você me dói vez em quando

"...sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor pois se eu me comovia vendo você pois eu acordava no meio da noite só para ver você dormindo. Meu Deus como você me dói vez em quando. Eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio de uma praça então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada... só olhando olhando e pensando meu Deus ah meu Deus como você me dói vez em quando".
 
Caio Fernando Abreu
 
 
 
 
P.S.: e dói mais por que nenhuma lagrima quêr cair.

Ingênuo


Ingênuo é aquele que não se permite a mudanças e não reconhece o mundo em que vive. Há bilhões de anos o mundo se transforma em constantes mutações e não vai ser agora que ele vai parar com isto só por que o ingênuo resolveu ser cabeça dura.

Willi Santos

A gente faz pra provar que também existe sem amor e acorda se procurando no dia seguinte. T.B.

Estar sozinho é ter uma risada nervosa, de quem segura um grito e um choro enquanto ri. Um riso falso para se convencer de que é possível ficar sozinho sem ficar deprimido. Estar sozinho é usar roupas provocantes sem se sentir sexy com elas. É conferir a caixa de e-mails com uma frequência que beira a compulsão. É chorar do nada. É acordar do nada. É morrer de medo do nada que fica no estômago. (...) Quando chove, venta, escurece, e você está sozinho, você lembra de Deus e do quanto é pequeno. Estar sozinho é se aproximar de Deus por piedade própria e não por agradecimento, que é o que nos faz aproximar Dele quando estamos amando.
Tati Bernardi

Meio assim

Foco no lugar vazio da mesa. A pessoa que não veio. [...] É ali que fico, sempre, apaixonada, doendo, esperando. O lugar vazio da mesa, da cama, do planeta. Minha sorte é um bilhete desses de raspar só que o segredo não sai com nada. Tati Bernardi


Porque gostei muito que você tivesse vindo, deu vontade de ficar mais tempo junto, deu vontade de levar essa história até o fim. Caio F. Abreu







Porque é tão mais fácil aturar a vida sabendo que tem você.

Agora sem você [...] a coisa é feia. Realmente feia. Caio F. Abreu

terça-feira, 26 de julho de 2011

O Amor real não estar no Altar


Já era tarde da noite quando finalmente sentou-se. Respirou aliviada quando viu que quase todos os itens de sua lista estavam preenchidos. As rosas seriam vermelhas, seu vestido branco e curto com a calda longa, do jeito que sempre sonhara, a festa estaria deslumbrante, sua banda preferida havia sido contratada, era na igreja mais bela da cidade e o salão de festas o mais caro. Então lembrou-se dos convites, passou a pensar na lista. Pegou caneta e papel e escreveu o primeiro nome. Seus olhos automaticamente se encheram de lágrimas, sua caligrafia ainda era a mesma desde a adolescência, suas lembranças ficaram cada vez mais vividas, as cartas que mandara, os bilhetes que escrevera, as mensagens que recebia. Como um turbilhão, a saudade invadiu cada ínfimo pedaço de seu corpo, aquilo que custou a esquecer simplesmente reapareceu, como se todo esforço que tivesse feito para isso tivesse sido em vão. Já não conseguia mais segurar as lágrimas que agora caiam com muito mais frequência… Tudo por causa de um nome! Pensava ela. Respirou fundo e seguiu com a sua lista, a tranquilidade havia lhe deixado, apenas pensava em acabar com tudo isto e se casar, o mais rápido possível.

Os dias se passaram, os convites ficaram prontos. Ao checar se estavam todos corretos, pegou aquele com o nome que a fizera chorar no outro dia. Então, tirou uma caneta preta do bolso e no verso do convite escreveu as seguintes palavras: Como vai você? Passou-se tanto tempo, não? Desde que você se foi, me vi obrigada a seguir minha vida. Não foi por que eu quis, mas sim porque chegou uma hora que não aguentei mais esperar. Foram quase seis anos que estive apaixonada, e mesmo depois de tanto tempo ainda não consigo pensar em seu nome e a conjugação do verbo amar no passado. Quer a verdade? Ainda te amo, não importa se mês que vem estarei casando, quando eu te ver dentro da igreja olharei pra você e terei a certeza de que o amor da minha vida não está lá de braços dados comigo, com o vestido que sonhei usar com você, com a gravata vermelha que eu tanto quis que você usasse. Mas, mesmo com tudo isso, espero que esteja no meu casamento, que saiba que tudo lá eu já planejava desde que estávamos juntos, e então, se ainda existir alguma possibilidade em nós, grite ao padre que você tem algo para impedir o casamento, ainda que esse algo seja o amor, porque de todas as loucuras possíveis em uma vida, hoje eu sei que amar é a melhor delas. Então pegou seu carro, colocou o convite na caixa do correio deste seu velho novo amor e foi embora, na esperança de que a vida que tanto sonhara pudesse virar realidade.



Beatriz Pera - Fonte: Unholy confessions



P.S.: Assim pelo um Facebook? Sério? Você veio aqui sabendo que iria me gerar todos aqueles sentimentos. Sabia e brincou com isso. Por isso vinha aqui na tentativa de me convencer de algo, pra ver se assim sofreria menos. Você poderia  ao menos uma vez na vida ter sido grande e ter olhado nos meus olhos e ter me dito a verdade. Poderia ter me poupado dessa. Poderia ter me poupado tantos dedos no teclado. Mas por incrível que pareça eu não chorei e até agora nenhum indicio de que elas estão por escorrer dos meus olhos chegou. O dia estar lindo lá fora e hoje vou fazer coisas que você não poderá fazer mais. Mas agora também entendo o por que de tua mãe não me olhar nos olhos e ter  segurado toda a matraca dela. Vergonha! Vergonha por tantas vezes ter me chamando de vagabunda intereceira, que só queria dar um golpe, que queria engravidar, a menina pobre que mora depois da linha do trem, que ela um dia teria que colocar aparelho nos dentes com o dinheiro dela. Poderia guardar rancor por isso pelo resto da minha vida, mas não vou. Mas é engraçado como são as coisas, olha quem estar gravida agora e então pouco tempo(e eu que achava que nos tempos de hoje que filho não segurava ninguém, ta ai você a prova). Nem um ano se passou, lembro e tu lembras também como se fosse ontem, eu e você deitados em um quarto qualquer, perdidos um no olhar do outro, sentindo algo tão bom, algo tão carinho, tão amor pra vida toda... Outra coisa que chega  a ser engraçada é o fato de sua prisão. É agora você estar preso a alguém para sempre (ou não). Você estar sendo imposto a amar alguém e que acreditar que não, que realmente é apenas uma escolha sua. Lhe pedia tanta responsabilidade lembra? E agora e muitas outras vezes você vai lembrar disto e vai ver que o que eu lhe cobrava era tão pequeno, era tão simples e que agora sim, estar forçado a cumprir obrigações muito grandes, por consequência de sua irresponsabilidade. E sabe outra coisa, não irei apagar nada daqui, também não sei se irei te escrever mais. Mas sei de uma coisa e entendo o por que de outras. Quando tu usas as palavras "apenas e escolhas" é só pra tentar diminuir tudo que sentis, pra tentar engolir tudo e conseguir seguir. Sei que ninguém ama alguém mais que outra, mas disso tenho certeza "você me ama mais" e doí por isso por que você sabe que meu amor por ti sempre foi gratuito e esse amor você não terá mais, por ter feito escolhas burras, por ter sido idiota. Lhe atormenta e dói mais o "vou me casar", por que você não vai se casar com quem um dia você realmente sonhou estar lhe esperando no altar. E por vários dias você ira sentir uma dor, você vai lembrar e vai ter raiva, não de mim, mas de você mesmo, por tanto me amar. Essa dor é a mesma que eu sentir por muito tempo, mas em mim ela uma hora vai passar, por que um dia eu vou amar novamente e vou amar gratuitamente esse alguém e não forçado como você estar sendo agora. Um dia você também sentira um dor tão grande que não ira aguentar e ira chorar e vai vim aqui, me ler, ver como estou, tentar suprir algo e vai relutar pra dizer saudade. E um dia como aquele velhinho da história ira gritar meu nome, vai gritar uma dor, vai gritar em algum bar olhando o fundo do copo, por estar vivendo uma vida sem vida. Tentará por muitas vezes olhar tua família (mulher e filhos) e colocar na balança e dirá a se próprio que é mais feliz assim, que ganhou mais com tais escolhas e as lembranças que você quer digerir como "apenas" irão tomar conta e você verá que perdeu muito, que finalmente me perdeu de vez, que perdeu tudo e vai descobrir que sim, amor é tudo, que amor é tudo no mundo quando se tem de verdade. Não escrevo tais coisas te querendo mau e você sabe disso, saiba que sempre vou querer teu bem. Que seja por muitos momentos feliz.


Quero acreditar que agora por fim conseguistes arrancar tuas raízes de mim. Assim espero. Te amo até agora, amanhã,  já não mais sei!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Um Voyeur para Uma Masoquista

Ela já senti prazer com o próprio sofrimento o pedindo mais. Ele senti o prazer de observa-la sofrendo por ele.


Ele desperdiça tempos a descobrindo, a observando, a lendo. Ela se escancara, se revela, se transborda com palavras. Dois pervertidos que se deliciam com os sentidos e os sentimentos. Ele a provoca sofrimentos que a enche, que a fervilha, que a faz transbordar de dor. Ela usa as feridas para mostrar a ele a beleza que ausência do amor provoca quando ele a gera dor.

Amor doentio que só se cura com qualquer tipo de presença!
Lí Sant.

Eu não te peço que me ame


Eu não quero que me ame obrigatoriamente. Quero que me ame voluntariamente. – Amor forçado é prisão, amor gratuito é liberdade, felicidade!


Willi Sant.

Quantos de nós aqui sentados frente a este monitor já amamos de verdade?


Ou julgamos ter amado de verdade?Quantos de nós já arriscaram tudo por um amor?
 Tudo mesmo a  família a carreira !TUDO?
 Eu já! Chama-se livre arbitrio!O poder de escolher o nosso destino...
 Quantos de nós alcançaram o que esperavam?Quantos fomos iludidos e agora
sentem-se perdidos!?Quem voltaria atrás e repetiria?
Não se trata de uma recaída minha !Deixemos isso desde já claro!Pois não existe nada a recair !
 É uma porta trancada fechada !Simplesmente questiono-me quantos mais existem por esse mundo fora!
Que arriscaram tudo por amor ?Quantos sentiram o chamado "THIS IS IT"!
 Eu aprendi que não existem almas gémeas!Talvez vontades  gémeas!
As promessas levam-nas o vento!Os abraços são como pó!As partilhas de corpos unidos
em êxtase !São apenas momentos que se dissiparão !Serão arquivados num pequeno espaço
de memória que se tornará cada vez mais longínqua !
O chamado amor verdadeiro é um mito!O que é verdadeiro para mim!Pode não o ser para ti!
 Agora me amas daqui a pouco vestes uma roupa nova , dizes-me até logo !E eu sem saber vais ter como teu amante!E á noite não deixou de ser verdadeiro para mim!Deixou de ser para ti !Mas eu não sei e continuo a arriscar tudo por uma coisa sublime !Que somente tu sabes que não vale a pena!
 ÀS VEZES AMA-SE SOZINHO....E completamente convencidos que ama-mos em conjunto!
 E culpamos quem?O mais fácil é culpar o outro!rs..Mas será que é justo obrigarmos alguém a amar-nos?
Ou melhor é isso que realmente queremos?
Eu hoje pergunto-me  quantos de nós somos felizes sozinhos?sem saber que o nosso par não está mais nessa!Parece horrível ! Principalmente se forem que nem eu sempre acreditou no THAT'S IT!
Mas o triste é que acontece.....




THE END

J. Antunes




P.S.: Acho que o Quim já disse muito o que eu queria. Não me prendo a ninguém, nem a um amor. Só não sou obrigada a amar por que alguém quer, por que alguém acha o certo. Afinal acho que não estou agredido ninguém por amar. Só não me venha com histórias inventadas, lorotinha pra boi dormir que eu não sou vaca. Também não me obrigue engolir tais palavrinhas, escolhas... apenas. é fácil assim diminuir as coisas e seguir. Também não entendo respostas aos quais não fiz nenhuma pergunta, acho melhor ler bem o que eu escrevo antes de sair me jogando coisas. Ninguém escolhe amar novamente, se ama e pronto. Qualquer dia posso amar um outro assim que acordar e sair na rua, sentimentos não são escolhas, são bençãos. Não lembro de escrever em nenhum lugar que alguém ama outro mais que outro. Isso não acontece com ninguém, pelo simples fato de que as pessoas não são iguais. Se aparecer um novo, ótimo, feliz pra mim. Só não queira meter uma idéia na minha cabeça só por lhe parecer ser mais cômodo. E cuidado com que diz, e com a rispidez, deixar escapar tantas obviedades. Outra, não escolhi sofrer, sou feliz e bem feliz por mais que não pareça, só sinto falta de alguém e acho que sentir falta não é pecado e muito menos um ato de maldade.

Fingindo

Porque você não sabe, mas tenho corrido maratonas e vencido monstros gigantescos para conseguir sentir tudo isso sem arrancar minha cabeça fora.  Tati Bernardi 

 Eu me agarro àquela lembrança desfocada e amarelada de que existe vida lá fora, e me pego tentando lembrar, com um esforço que quase me faz esquecer você por alguns segundos, o que seriam mesmo essas coisas.

TATI BERNARDI

Será assim?


 Um dia irei acordar do lado de alguém que não amo e lembrando de ti?

Vá por inteiro


Acho que deveria ser assim. Quando se decide ir embora, quando se decide dizer a adeus, quando se decide colocar um ponto final. Deverias se ir por inteiro, ir por completo. Assim arrancando tudo, sem deixar nem um pedaço. Por que amor é como uma árvore, se você só corta o troco e não arranca as raízes ele continua crescendo se enraizando dentro do peito cada vez mais.


Lí Sant.

O sonho era nosso


 
Ontem à noite tive um sonho tão real que quando acordei pensei estar dormindo dentro de um pesadelo onde você não mais existia.


 E continua sendo!


Lí Sant.

Por favor, não se abale com as maldades. C.F.A.


Tenho medo do vento que passa arrancando partes de mim e das pessoas que me envenenam, matando partes de mim. Não quero ouvir ninguém, não quero saber de nada, não quero sentir nada. T.B.

Dias escuros...


 sem sorrisos, sem risadas de verdade. Dias tristes, vontade de fazer nada, só dormir.
C.F.A

sábado, 23 de julho de 2011

See No More

 E todos os dias fico tentando seguir o propósito desta música, mas não consigo. Meu coração é gritante de mais e chegar a me ensurdecer silenciosamente.

Mas não estou triste, e tampouco alegre, não estou sentindo nada, pode jogar água fervendo no meu peito, eu não vou gritar.MARTHA MEDEIROS


Antes que eu me esqueça do que eu queria dizer era isso eu preciso muito muito de você eu quero muito muito você aqui de vez em quando nem que seja muito de vez em quando você nem precisa trazer maçãs nem perguntar se estou melhor você não precisa trazer nada só você mesmo você nem precisa dizer alguma coisa no telefone basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro ou do outro lado.
...
É preciso que você venha nesse exato momento. Abandone os antes. Chame do que quiser. Mas venha. Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates... Apague minhas interrogações. Por que estamos tão perto e tão longe?
Quero acabar com as leis da física, dois corpos ocuparem o mesmo lugar! Não nego. Tenho um grande medo de ser sozinha.
Não sou pedaço. Mas não me basto".
...
"Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa"
Caio Fernando Abreu

Chegue

Chegue bem perto de mim.
Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa.
Ou não diga nada, mas chegue mais perto.
Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada. Caio Fernando Abreu



Não é preciso agendar, entrar em fila, contar com a sorte, acordar cedo para pegar senha: a possibilidade de recomeço está disponível o tempo todo, na maior parte dos casos. Não tem mistério, ela vem embrulhada com o papel bonito de cada instante novo, essa página em branco que olha pra gente sem ter a mínima ideia do que escolheremos escrever nas suas linhas.

O que é preciso mesmo é ter coragem para abrir o presente.

Ana Jácomo

Carta Anônima

 
"Tenho trabalhado tanto, mas penso sempre em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assentada aos poucos e com mais força enquanto a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos. Tão transparentes que até parecem de vidro, vidro tão fino que, quando penso mais forte, parece que vai ficar assim clack! e quebrar em cacos, o pensamento que penso de você. Se não dormisse cedo nem estivesse quase sempre cansado, acho que esses pensamentos quase doeriam e fariam clack! de madrugada e eu me veria catando cacos de vidro entre os lençóis. Brilham, na palma da minha mão. Num deles, tem uma borboleta de asa rasgada. Noutro, um barco confundido com a linha do horizonte, onde também tem uma ilha. Não, não: acho que a ilha mora num caquinho só dela. Noutro, um punhal de jade. Coisas assim, algumas ferem, mesmo essas que são bonitas. Parecem filme, livro, quadro. Não doem porque não ameaçam. Nada que eu penso de você ameaça. Durmo cedo, nunca quebra.
Daí penso coisas bobas quando, sentado na janela do ônibus, depois de trabalhar o dia inteiro, encosto a cabeça na vidraça, deixo a paisagem correr, e penso demais em você. Quando não encontro lugar para sentar, o que é mais freqüente, e me deixava irritado, descobri um jeito engraçado de, mesmo assim, continuar pensando em você. Me seguro naquela barra de ferro, olho através das janelas que, nessa posição, só deixam ver metade do corpo das pessoas pelas calçadas, e procuro nos pés daquelas aqueles que poderiam ser os seus. (A teus pés, lembro.). E fico tão embalado que chego a me curvar, certo que são mesmo os seus pés parados em alguma parada, alguma esquina. Nunca vejo você - seria, seriam? Boas e bobas, são as coisas todas que penso quando penso em você. Assim: de repente ao dobrar uma esquina dou de cara com você que me prega um susto de mentirinha como aqueles que as crianças pregam umas nas outras. Finjo que me assusto, você me abraça e vamos tomar um sorvete, suco de abacaxi com hortelã ou comer salada de frutas em qualquer lugar. Assim: estou pensando em você e o telefone toca e corta o meu pensamento e do outro lado do fio você me diz: estou pensando tanto em você. Digo eu também, mas não sei o que falamos em seguida porque ficamos meio encabulados, a gente tem muito pudor de parecer ridículos melosos piegas bregas românticos pueris banais. Mas no que eu penso, penso também que somos meio tudo isso, não tem jeito, é tudo que vamos dizendo, quando falamos no meu pensamento, é frágil como a voz de Olívia Byington cantando Villa-Lobos, mais perto de Mozart que de Wagner, mais Chagal que Van Gogh, mais Jarmush que Win Wenders, mais Cecília Meireles que Nelson Rodrigues.

Tenho trabalhado tanto, por isso mesmo talvez ando pensando assim em você. Brotam espaços azuis quando penso. No meu pensamento, você nunca me critica por eu ser um pouco tolo, meio melodramático, e penso então tule nuvem castelo seda perfume brisa turquesa vime. E deito a cabeça no seu colo ou você deita a cabeça no meu, tanto faz, e ficamos tanto tempo assim que a terra treme e vulcões explodem e pestes se alastram e nós nem percebemos, no umbigo do universo. Você toca minha mão, eu toco na sua.

Demora tanto que só depois de passarem três mil dias consigo olhar bem dentro dos seus olhos e é então feito mergulhar numas águas verdes tão cristalinas que têm algas na superfície ressaltadas contra a areia branca do fundo. Aqualouco, encontro pérolas. Sei que é meio idiota, mas gosto de pensar desse jeito, e se estou em pé no ônibus solto um pouco as mãos daquela barra de ferro para meu corpo balançar como se estivesse a bordo de um navio ou de você. Fecho os olhos, faz tanto bem, você não sabe. Suspiro tanto quando penso em você, chorar só choro às vezes, e é tão freqüente. Caminho mais devagar, certo que na próxima esquina, quem sabe. Não tenho tido muito tempo ultimamente, mas penso tanto em você que na hora de dormir vezemquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito repito em voz baixa te amo tanto dorme com os anjos. Mas depois sou eu quem dorme e sonha, sonho com os anjos. Nuvens, espaços azuis, pérolas no fundo do mar. Clack! como se fosse verdade, um beijo."


Caio Fernando Abreu

Um pouco dela

Ele não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos. Ele não sabe quantos livros pude ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. Ele não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia: ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegriaMarla de Queiroz

É tudo tão forte, tão profundo, tão bonito, não precisava doer como dói. Eu não podia apenas sorrir quando me lembrasse de você? Mas acontece tipo assim: lembro do seu rosto, do seu abraço, do seu cheiro, do seu olhar, do seu beijo e começo a sorrir, é assim mesmo, automático, como se tivesse uma parte do meu cérebro que me fizesse por um instante a pessoa mais feliz do mundo, mas que só você, de algum modo, fosse capaz de ativar. Eu sei, é lindo. Mas logo em seguida, quando penso em quão longe você está sinto-me despedaçar por inteira. Sabe a sensação de arrancar um doce de uma criança? Pois é, sou essa criança. E dói. Uma dor cujo único remédio é a sua presença. Então sigo assim, penso em você, sorrio, sofro e rezo, peço pra Deus cuidar da gente, amenizar essa dor e trazer logo a minha cura.” Caio Fernando Abreu

O amor


Na selva amazônica, a primeira mulher e o primeiro homem se olharam com curiosidade. Era estranho o que tinham entre as pernas.
_ Te cortaram? – perguntou o homem.
_ Não – disse ela-. Sempre fui assim.
Ele a examinou de perto. Se coçou a cabeça. Ali havia uma ferida aberta.
Disse:
_ Não comas banana, nem mandioca, nem fruta alguma que se rache ao amadurecer. Eu te curarei. Deita-te na rede e descansa.
Ela obedeceu. Com paciência tomou a mistura de ervas e deixou que aplicasse as pomadas e ungüentos. Tinha que apertar os dentes para não rir, quando ele dizia:
_ Não se preocupe.
O jogo a agradava, mesmo que começava a cansar-se de viver em jejum e estendida na rede. A memória das frutas lhe enchia a boca d’água.
Uma tarde o homem chegou correndo através da floresta. Dava saltos de euforia e gritava:
_ Encontrei! Encontrei!
_ Acabara de ver o macaco curando a macaca na copa de uma árvore.
_ É assim – disse o homem, aproximando-se da mulher.

Quando terminou o longo abraço, um aroma espesso de flores e frutas, invadiu o ar. Dos corpos, deitados juntos, desprendiam-se vapores e fulgores jamais vistos, e era tanta sua beleza que morriam de vergonha os sóis e os deuses.

Eduardo Galeano

Alô?

Tem algo marcado pra hoje? Queria saber se você quer sair para beber alguma coisa? (Ouvir E umas histórias. Contar algumas também. Botar a conversa em dia… Falar sobre nós um pouco, talvez. Contar umas estrelas. Fazer uns pedidos. Quem sabe realizar alguns meus. Rir um pouco. Sentir-se leve. Esquentar um pouco os pés frios… O coração vazio. Passado do do relembrar e da sentar do quer de não se. Matar essa saudade. E essa vontade. Quem sabe sentir alguma vontade. Não sei… Queria saber se você não está a fim de amar um pouco? Se aceita ser amado. E me amar.) Aí a gente pode bater um papo. Sair com uma turma. C.F.A.
Pega o telefone, liga pra ela, diz que sentiu tua falta e que está indo visita-la. Lembre-a do quanto ela é especial, do quanto seus olhos são bonitos, do quão sincero é teu sorriso. Faça isso antes que outra pessoa faça isso e ela definitivamente esqueça de você. J.F.

Que bombom que não é!


Ainda bem I.F que você não é o meu I.F. – Engraçado não, ele nunca foi meu, pois ninguém é proprietário de alguém, mas o ainda sinto assim, como se fosse. Sabe do que mais, saber que você não é ele me foi de um grande alivio, pois já estava enfarinhada nas ideias e sentires. Ainda bem que não é, e não paro de me repetir isso. Urfa! Por que foi tantas das coincidências que acabei me deixando cair no equivoco. Desculpa esta pessoa por ter pensado insanidades, mas graças que só foi uma confusão. – acho que você me entende bem, para alguém que não me conhece e estou certa que ira entender tais logicas que tomei por esses dias.

Recebo comentários teus sobre coisas as quais não falei e que me lembro só ter escutado dele. Passa a semana e no mesmo instante que ele me diz no Messenger que precisa desabafar[...] e que na semana anterior a qual você comentou ele havia pesado em me ligar, mas não achou certo, poucos minutos depois que ele deixou de falar comigo no Messenger, recebo um novo comentário teu assinando mais uma vez I.F. E digo que esta é a maior das coincidências, pois as iniciais do nome dele também é I.F. – Passou a semana ele não ligou, então eu liguei e ai marcou e no dia fiquei lá sentada esperando até eu resolver ligar novamente. Não me foi supressa ele não aparecer, seria se tivesse aparecido, mas ai me veio uma mensagem no celular “não vai dar hoje, estou resolvendo umas pendencias, depois você vai entender”. Dei de ombros e fui pra casa. Preferi não responder, sabe quando você chega no ponto do “que seja”, afinal quem queria desabafar era ele e eu tava quieta no meu canto. Mas voltando as coincidências, chego aqui exatamente no dia em que disse que meu modem voltaria e me aprece um comentário teu. Infelizmente meu modem ainda não voltou e estou na lan house de meus pais para entregar um certo trabalho(engraçado que não queria vim aqui hoje, mas parece que algo me obrigou a vim só para ler seu comentário). Outra coincidência é que a mãe dele hoje, super comunicativa, me pareceu devolvendo coisas minhas. Mas como já disse, que alivio você não ser ele.

Reli teus comentários e especificamente o primeiro e o ultimo me chamou atenção. Leio eles e fico dialogando mentalmente. Sei sou louca! Mas vamos lá – No primeiro você disse “uma pessoa nunca deixa de amar outra, por mais que ela diga isso, é apenas uma forma de esconder sua fraqueza, e tentar ser mais forte do que é. Escolhas[...] são apenas escolhas.” No ultimo falou sobre se prender a alguém, nutrir sentimentos, ligação, expectativas, casamento, seguir em frente e até disse que casou e tem dois filhos. Olha que ser casado(a) e ter dois filhos é uma grande prova que você não é ele (eles não são gêmeos né?). Graças que você não é ele, por que minha pessoa já estava a se irritar com tal molecagem e na falta de pudor de cutucar feridas. Já estava a pensar que tal pessoa tinha por algum prazer em me fazer sofrer pra elevar o ego. Ou que quis tentar algo e por covardia deu pra trás. Mas ainda bem você não é ele. Urfa, Urfa, Urfa!

Mas voltando aos comentários. Entendi algumas coisas sobre ele, o que pode não ser certas, são apenas deduções. Mas siga o meu raciocínio. – Você disse que ninguém deixa de amar alguém e isso me fez entender que você ainda ama tal pessoa. Falou sobre seguir em frente, que casou e hoje tem dois filhos. Não tenho filhos, mas sei que a vários tipos de amor, hoje você amam seus filhos mais que tudo, mas ainda ama tal pessoa certo? Tu és feliz assim? Seja sincero(a) a se, se for esse o caso. E se puder me diga, se tu és feliz assim? Pois não consigo ver uma felicidade dessa maneira, onde você acorda com alguém lembrando e imaginando como seria com outra. Acho de uma puta sacanagens com ambos, preferir se enganar e enganar outro.

Ultimamente aprendi muitas coisas e uma delas é que amor não se nutri, o que se nutri são relacionamentos e não sentimentos. Os sentimentos nuca morrem, se transformam, se adaptam e não se alimenta. Sentimentos brotam. Sentimentos nascem como uma flor no deserto. Ninguém foi lá plantar e alimentar a tal flor, ela simplesmente surgiu sem nenhum motivo ou razão aparente e se matem viva sem que ninguém precise rega-la, cuidar e admirar.

Outra coisa que também aprendi é que negar o que se senti só aumenta a dor, sendo isto um fato ridículo, imaturo e desnecessário. Pra que negar, pra quer desdenhar, pra quer não admitir que se gosta, que se quer, que se precisa? Orgulho?!? Pelo menos comigo foi assim por um tempo. E lhe garanto não me fez bem, pois agir em momentos de raivas, mesmo que se não aparente estar com tal sentimento pode gera remoço para um vida inteira. Meu ego foi ferido e o orgulho tomou conta, como acontece com muitos aos montes. Mas saiba que um dia a casa cai e as lembranças tomam conta, pois não se tem controle sobre elas, assim como as saudades, os gostares e as vontades. Não se tem controle sobre tais coisas, acho que por isso se faz tais escolhas na vida, pra acreditar que se tem controle sobre tais coisas.

Nesse últimos meses conheci tantas historias e duas delas bem próximas a mim. Vi e vejo pessoas que se gostam, que se amam, que sentem falta, mas não se mantem juntas. Escolheram ficarem assim, distante se amando em silencio, amando no escuro do peito. Escondidos com vergonha e medo de que alguém saiba. Acham melhor assim, pois juntos se acham um erro. Como se desejar alguém fosse pecado. E que por teimosia não aceitam que para se amar é preciso ceder.

A primeira historia estar a um click de blogs, mas não vou expô-los diretamente. Me evolvi com tal pessoa num acaso corriqueiro. Se o tivesse conhecido, acho que nada teria acontecido. Ele tão mais que eu tinha necessidade desesperadora para amar outra pessoa. Fato, não deu certo, ele era tudo, era ao montes, mas não me cabia. E eu não era a menina que ele sonhava, o que chegou expectativa frustrada a ele. Ele ama tal menina, a menina ama ele. Ambos, sofrem, se descabelam, choram, sentem falta, sonham com futuros onde estarão juntos, querem e desejam estar juntos a todo momento, mas não, se matem afastados, se frutando todos os dias, sofrendo, beijando outros. Preferem se enganarem a aceitar que querem ficar juntos. Buscam problemas que não existem para justificar, mas sofrem mais. Se perdem nas lembranças e deixa rastros de sofrimento em outros pois não podem se dar por inteiro a elas.

Eu não pude me da por inteiro a ele também. Acho que não me dei nem 1% a ele e o também o vi sofrer por isto. E agora assisto o sofrimento dele e dela. Achando tudo tão bobo, tão ridículo. Dois adultos com atitudes mereles e infantis só pra não admitir que juntos são felizes.

A outra historia é de uma amiga que esperou a volta de quem ama e quando este voltou a disse que ficarem juntos não seria o certo, mas que amava. Passou meses e ele a disse que iria casar com outra, mas que ainda amava. Quando ela me contou tudo só conseguia lembrar do trecho de uma musica “estou casando mais o grande amor da minha vida é você” e fiquei brincando com ela. Eles se encontram no bairro que moram e se agridem verbalmente às vezes. Amigos se envolvem na historia deixando tudo ainda pior. Ela se relaciona com outros, namora, sai se diverti, mas no fim de cada relacionamento ela me vem e diz. Ainda amo ele, não consigo esquecê-lo o que faço? – Triste não, ninguém quer sofrer, mas sofre. Dramatizar o fatos é coisa fácil de se evitar, sofrer não. Sofrer é inevitável.

Não estou me prendendo a amar esse alguém que amo. O amo sem nenhuma razão concreta, só sinto esse amor por ele sem recebe-lo em troca. Acredite se pudesse, se isso fosse possível eu não o amava mais, por escolha minha e por escolha dele de ir embora me atropelando. Por que do que adianta amar alguém se não pode tê-la não é? O obvio seria simples, como na frase “quando um não quer dois não brigam”, sendo assim “quando um não quer mais amar, ambos se deixam de amar para sempre”. Resolvido, simples e indolor. Mas isso não existe né?! Agente tenta agindo como na frase da Bernardi "Meu cérebro faz bullying com o meu coração", mas não adianta né?! O que eu não quero é me privar de sentir, por mediocridade, por vergonha, por mesquinharia, por egoísmo ou qualquer outra coisa baixo nível. Não quero um dia me encontrar como no texto “Meu Primeiro Amor” de E. Galeano, onde um neto pergunta ao seu avó quem foi o grande amor de sua vida e o velhinho com seus quase 100 anos, resgata um folego e o solta em um grito voraz o nome dela que foi seu primeiro amor. Sentido a dor rasgando o peito de ter vivido uma vida sem sua vida. De ter vivido sem ela.

O que me intriga é por que disso tudo? Qual é a logica de se mostrar vivo a mim? Ou se é um prazer em me ver assim louca, correndo no desespero? Se era só pra saber se estalando os dedos eu iria atrás? Se me ver sofrer e se cutucando minhas feridas o faz bem? Se por um equivoco quis algo e por covardia, preferiu inventar uma historia esfarrapa e sumir do mapa outra vez? Por infelicidade não vou correr a traz, não vou me prestar à disponibilidade e não vou forçar a nada. Pois se esperava uma ex louca correndo atrás em todos os lugares, criando cena e pedido aos soluços que volte, se ferroou pra todo o sempre!  Tenho tantas coisas a fazer, tanto livros a ler e tanta vida pra viver, do que ficar correndo atrás de alguém tentando convencer de algo. – Continuarei aqui a escrever, a desafogar no meu Blog Divã (risos). Não é falta de coragem minha. Se não quer eu não vou! Foi surpreendente reaparecer, sumir não, sumir é tão obvio e é o mais esperado que não me desfalece mais e com a ausência de existência já estou acostumada. E é até bom saber que só foi uma pequena confusão minha. Parece até um deboche repetir isso tantas vezes, mas é que desejei tanto que realmente não fosse, porque o pior é ficar nesse quase. E quase é tão vazio, tão incompleto, tão morte prematura. Mas agora sem nenhuma surpresa, pretensão, esperanças e outras ladainhas voltarei escrever melhor meus gritos em silencio.





“Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Uma solidão de artista e um ar sensato de cientista… tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna."Caio F.

Orgulho

Conheci esse texto no blog da Susana “Inércia” há alguns dias. Ele é originalmente do blog da Camila “Calmila” (blog que adorei conhecer). Assim que li tive vontade de posta-lo, mas por alguma coisa esqueci. Hoje lembrei e acho que este texto se encaixa perfeitamente aqui. Ele é lindo e descreve muito bem o que sinto no momento.
  

Foi logo no começo, e eu vi que você não seria fácil. Não pelos rodeios na fala, nem o sorriso de lobo. Quem sabe, pelas fugas retornadas. Pensei, um pouco anestesiada e outro tanto como mãe quando com dor de cabeça que: vai ter despesa. Vai ser amor fiado, dívida não paga. Cheque que volta: sem fundos. Só eira, nenhuma beira para se firmar. Ora amor; outro tanto sumiço, ódio, reviravolta.

Hoje eu sinto uma vontade de que você volte como com gosto de começo, florescimento de início: desabrochando no meu peito qualquer galho ou ramificação que hoje sobrevive por aparelhos e não consigo desligar. 

(...)
Continuar exercitando a esperança, como sempre fiz. Pensar que de repente, (...) ilumine a idéia e reflita: fui idiota, quero voltar. Com atos impensados, e desmedidos. Buquê de flores, cartão, ligação imediata. Mesmo o caminho atribulado, opositor. Com pontes quebradas, e asfalto já escasso. Mas você conserva apenas essa soberba desprezível, se colocando no pedestal mais alto possível, do qual caí enquanto tentava escalar a sua altura - sempre em vão.

Pela primeira vez, passei por entre comércios e bancas, e adquiri o arquinimigo número um do perdão. Tudo porque, meu erro foi em não pecar somente uma única vez. E me desculpar a cada pequeno erro, tão logo fosse possível, carecida de piedade. Assistindo ao seu descaso, e ascensão própria, se pensando o rei não só da cidade, como da vida e situações corriqueiras. Praticamente, dono do universo. Eu, e meus pés no chão, querendo voar. Você galgando o impossível, o mais alto dos céus. Se orgulhando apenas de si próprio, e não de quem queria de alguma forma ter uma foto sua na carteira ou no mural do quarto. E agora eu caminho, enquanto sei da sua tentativa em voar. Trilho minha rota a cada dia, e você gira em círculos, no cerco pequeno em que se fechou. Com alguma luz, que não aceita e nem ao menos vê. Num momento de fraqueza, tento o que já sei ser fracasso. Escuto tua voz, finjo o que imagino, fantasio situações. Tremo. Meses depois, e um momento de fraqueza apenas para me fazer questionar atitudes tomadas, decisões acertadas comigo mesmo. Sensação boa, e ao mesmo tempo, ruidosa. Felicidade deprimente, conclusão: me trai. Tudo porque não sou personagem, mas em minha descrição posso ler passional e intensa, e não consigo incorporar ao texto o vocábulo equilibrada, nunca pertencente a mim. 

Continuo orgulhosa, porém. Dos meses que me reestruturei, das falas que aprendi a desdobrar. Admitindo que foi uma brincadeira, o delírio de uma noite alcoolizada. E foi bom, foi ótimo. Estremecida quando em contato com a sua voz, de uma alegria incontida. Porém fugaz, fraca, sem abraçar por completo a causa de que a saudade que mais dói é essa, a de não poder operar em nada para que por fim, as coisas mudem. Você se toque, sinta a tal falta, ligue a qualquer hora. Reconheça minha habilidade em viver e destemer o destino, a high way, o desconhecido; intensa.

Porque se você colocar o seu orgulho no lixo, eu afogo o meu no ralo do banheiro. Me afago nos teus braços, e me rendo. Se renda também. E eu podia soltar a mão do orgulho, de vez, se ao mesmo tempo você fizesse isso também. Como bandidos, sem munição: armas ao chão.

Sabendo que meu maior recurso é o sorriso no rosto, (...) e que o orgulho seja de mim mesma, assim como o amor se tornou próprio. Pra que a gente também nunca atire um contra o outro essa vaidade toda, dos nossos egos superlativos. Mesmo em trajetos contrários, tornar o corpo para trás e atirar ao longe fere, fere e fere. Quando acerta.



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