domingo, 3 de julho de 2011

O fotografo tabagista

Depois de uma convensa de conheceimento mutuo. Os novos conhecidos se despediram. Ele voltou para casa, ela para o meio dos aparentes amigos.

Já em sua casa ainda na cama, havia acabado de acordar de um sonho estranho. Aquele que tanto amou passou aparecer para destruir tudo que aparentimente era bom. Sentia uma leve ressaca e uma fome gritante. Levantou se dirigindo a cozinha, tomou seu café e voltou ao quarto. Enfiou a mão dentro da bolsa encontrando por acaso o isqueiro prateado.

Sim era verdade toda a conversa com o rapaz desconhecido havia de fato acontecido. Mas ela provavelmente não o veria mais, duas semanas depois o rapaz voltaria aos seus estudos e esqueceria aquele fim de tarde. O isqueiro ficaria apenas como uma doce lembrança. Um equivoco ou um engano dela? Para sua surpresa ele ligou a convidando para uma tarde irresistível. Ela não conseguiu negar o convite do rapaz e quando desligou o celular ficou sem saber como fazer, pois não vinha com uma boa situação em casa devido as suas demasiadas saídas. Pensou e resolveu ligar para o fotografo dizendo que não poderia sair, até que ela recebeu mais uma nova ligação. Era ele para confirmar se estava tudo ok. Ela resolveu ser direta e explicou à situação, ele se mostrou compreensivo e disse para não se preocupar, que daria um jeito e que sim, eles iriam sair aquela tarde e a deixaria em casa a tempo.

Ela começou a pensar que aquilo era loucura, com certeza não era mais a menina que pensava nas consequências. Sair com um estranho o que tinha passada na cabeça dela. Percebeu que já vinha fazendo isso a pouco menos de dois meses, só vinha se mantendo rodeada de estranhos e resolveu parar de pensar. Cuidou da casa, esperou os pais saírem, sua irmã a ajudou a se arrumar. Colocou o vestido azul e escutou a buzina na porta de sua casa. Era ele, e sua irmã o conferiu de longe lhe dizendo aos ouvidos “super pegavel”, ela sorrio e entrou no carro. Ele a elogiou em seguida dizendo que a partir daquele dia adorava azul. Ela devolveu seu isqueiro prateado, ele a agradeceu dizendo sentir saudades do pequeno companheiro. Ela não conseguia entender como foi parar ali num carro de um desconhecido e tabagista. O cigarro era um agressor para sua renite, mas ela o olhava com o cigarro ainda não acesso na boca e achava tudo aquilo extremamente sensual. Ela tinha que admitir para se mesma, ele tinha algo que a seduzia.

Ele a levou em lugares desconhecidos e conversaram por horas. Compartilharam historias, saborearam a deliciosa cesta feita por ele, degustaram um maravilhoso vinho, tiraram fotos do mundo e como prometido a deixou em casa antes de seus pais chegarem.

Divertir os outros, um dos modos mais emocionantes de existir. C. L



Willi Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você lê e sofre. Você lê e sorri. Você lê e engasga. Você lê e tem arrepios. Você lê, e sua vida vai se misturando no que está sendo lido. Caio F. Abreu