São infinitas as maneiras de cometer erros contra apenas uma de escolher o jeito certo, li em algum lugar.
Já errei muito ao fingir sentimentos que eu não sentia, ao acreditar que o meu apreço sozinho seria o suficiente, ao prolongar situações que deveriam ter terminado há tempos e ao deixar a carência ditar as regras. Já passei longe do acerto quando fui exigente em demasia, intolerante demais, ou no contrário, quando tolerei coisas intoleráveis. Errei mais um pouco quando acreditei na possibilidade do impossível, na redenção de almas condenadas e na minha capacidade de resgatá-las. É claro que não esgotei as minhas possibilidades infinitas de erro e que o cenário não é nem um pouco promissor, mas a solidão acaba sempre parecendo mais desagradável do que a missão kamikaze da tentativa.
Ainda não senti o gostinho do acerto, mas com a experiência aprendi uma regra de ouro: no meio do caminho sempre haverá uma periguete.
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Você lê e sofre. Você lê e sorri. Você lê e engasga. Você lê e tem arrepios. Você lê, e sua vida vai se misturando no que está sendo lido. Caio F. Abreu