sábado, 23 de julho de 2011

Que bombom que não é!


Ainda bem I.F que você não é o meu I.F. – Engraçado não, ele nunca foi meu, pois ninguém é proprietário de alguém, mas o ainda sinto assim, como se fosse. Sabe do que mais, saber que você não é ele me foi de um grande alivio, pois já estava enfarinhada nas ideias e sentires. Ainda bem que não é, e não paro de me repetir isso. Urfa! Por que foi tantas das coincidências que acabei me deixando cair no equivoco. Desculpa esta pessoa por ter pensado insanidades, mas graças que só foi uma confusão. – acho que você me entende bem, para alguém que não me conhece e estou certa que ira entender tais logicas que tomei por esses dias.

Recebo comentários teus sobre coisas as quais não falei e que me lembro só ter escutado dele. Passa a semana e no mesmo instante que ele me diz no Messenger que precisa desabafar[...] e que na semana anterior a qual você comentou ele havia pesado em me ligar, mas não achou certo, poucos minutos depois que ele deixou de falar comigo no Messenger, recebo um novo comentário teu assinando mais uma vez I.F. E digo que esta é a maior das coincidências, pois as iniciais do nome dele também é I.F. – Passou a semana ele não ligou, então eu liguei e ai marcou e no dia fiquei lá sentada esperando até eu resolver ligar novamente. Não me foi supressa ele não aparecer, seria se tivesse aparecido, mas ai me veio uma mensagem no celular “não vai dar hoje, estou resolvendo umas pendencias, depois você vai entender”. Dei de ombros e fui pra casa. Preferi não responder, sabe quando você chega no ponto do “que seja”, afinal quem queria desabafar era ele e eu tava quieta no meu canto. Mas voltando as coincidências, chego aqui exatamente no dia em que disse que meu modem voltaria e me aprece um comentário teu. Infelizmente meu modem ainda não voltou e estou na lan house de meus pais para entregar um certo trabalho(engraçado que não queria vim aqui hoje, mas parece que algo me obrigou a vim só para ler seu comentário). Outra coincidência é que a mãe dele hoje, super comunicativa, me pareceu devolvendo coisas minhas. Mas como já disse, que alivio você não ser ele.

Reli teus comentários e especificamente o primeiro e o ultimo me chamou atenção. Leio eles e fico dialogando mentalmente. Sei sou louca! Mas vamos lá – No primeiro você disse “uma pessoa nunca deixa de amar outra, por mais que ela diga isso, é apenas uma forma de esconder sua fraqueza, e tentar ser mais forte do que é. Escolhas[...] são apenas escolhas.” No ultimo falou sobre se prender a alguém, nutrir sentimentos, ligação, expectativas, casamento, seguir em frente e até disse que casou e tem dois filhos. Olha que ser casado(a) e ter dois filhos é uma grande prova que você não é ele (eles não são gêmeos né?). Graças que você não é ele, por que minha pessoa já estava a se irritar com tal molecagem e na falta de pudor de cutucar feridas. Já estava a pensar que tal pessoa tinha por algum prazer em me fazer sofrer pra elevar o ego. Ou que quis tentar algo e por covardia deu pra trás. Mas ainda bem você não é ele. Urfa, Urfa, Urfa!

Mas voltando aos comentários. Entendi algumas coisas sobre ele, o que pode não ser certas, são apenas deduções. Mas siga o meu raciocínio. – Você disse que ninguém deixa de amar alguém e isso me fez entender que você ainda ama tal pessoa. Falou sobre seguir em frente, que casou e hoje tem dois filhos. Não tenho filhos, mas sei que a vários tipos de amor, hoje você amam seus filhos mais que tudo, mas ainda ama tal pessoa certo? Tu és feliz assim? Seja sincero(a) a se, se for esse o caso. E se puder me diga, se tu és feliz assim? Pois não consigo ver uma felicidade dessa maneira, onde você acorda com alguém lembrando e imaginando como seria com outra. Acho de uma puta sacanagens com ambos, preferir se enganar e enganar outro.

Ultimamente aprendi muitas coisas e uma delas é que amor não se nutri, o que se nutri são relacionamentos e não sentimentos. Os sentimentos nuca morrem, se transformam, se adaptam e não se alimenta. Sentimentos brotam. Sentimentos nascem como uma flor no deserto. Ninguém foi lá plantar e alimentar a tal flor, ela simplesmente surgiu sem nenhum motivo ou razão aparente e se matem viva sem que ninguém precise rega-la, cuidar e admirar.

Outra coisa que também aprendi é que negar o que se senti só aumenta a dor, sendo isto um fato ridículo, imaturo e desnecessário. Pra que negar, pra quer desdenhar, pra quer não admitir que se gosta, que se quer, que se precisa? Orgulho?!? Pelo menos comigo foi assim por um tempo. E lhe garanto não me fez bem, pois agir em momentos de raivas, mesmo que se não aparente estar com tal sentimento pode gera remoço para um vida inteira. Meu ego foi ferido e o orgulho tomou conta, como acontece com muitos aos montes. Mas saiba que um dia a casa cai e as lembranças tomam conta, pois não se tem controle sobre elas, assim como as saudades, os gostares e as vontades. Não se tem controle sobre tais coisas, acho que por isso se faz tais escolhas na vida, pra acreditar que se tem controle sobre tais coisas.

Nesse últimos meses conheci tantas historias e duas delas bem próximas a mim. Vi e vejo pessoas que se gostam, que se amam, que sentem falta, mas não se mantem juntas. Escolheram ficarem assim, distante se amando em silencio, amando no escuro do peito. Escondidos com vergonha e medo de que alguém saiba. Acham melhor assim, pois juntos se acham um erro. Como se desejar alguém fosse pecado. E que por teimosia não aceitam que para se amar é preciso ceder.

A primeira historia estar a um click de blogs, mas não vou expô-los diretamente. Me evolvi com tal pessoa num acaso corriqueiro. Se o tivesse conhecido, acho que nada teria acontecido. Ele tão mais que eu tinha necessidade desesperadora para amar outra pessoa. Fato, não deu certo, ele era tudo, era ao montes, mas não me cabia. E eu não era a menina que ele sonhava, o que chegou expectativa frustrada a ele. Ele ama tal menina, a menina ama ele. Ambos, sofrem, se descabelam, choram, sentem falta, sonham com futuros onde estarão juntos, querem e desejam estar juntos a todo momento, mas não, se matem afastados, se frutando todos os dias, sofrendo, beijando outros. Preferem se enganarem a aceitar que querem ficar juntos. Buscam problemas que não existem para justificar, mas sofrem mais. Se perdem nas lembranças e deixa rastros de sofrimento em outros pois não podem se dar por inteiro a elas.

Eu não pude me da por inteiro a ele também. Acho que não me dei nem 1% a ele e o também o vi sofrer por isto. E agora assisto o sofrimento dele e dela. Achando tudo tão bobo, tão ridículo. Dois adultos com atitudes mereles e infantis só pra não admitir que juntos são felizes.

A outra historia é de uma amiga que esperou a volta de quem ama e quando este voltou a disse que ficarem juntos não seria o certo, mas que amava. Passou meses e ele a disse que iria casar com outra, mas que ainda amava. Quando ela me contou tudo só conseguia lembrar do trecho de uma musica “estou casando mais o grande amor da minha vida é você” e fiquei brincando com ela. Eles se encontram no bairro que moram e se agridem verbalmente às vezes. Amigos se envolvem na historia deixando tudo ainda pior. Ela se relaciona com outros, namora, sai se diverti, mas no fim de cada relacionamento ela me vem e diz. Ainda amo ele, não consigo esquecê-lo o que faço? – Triste não, ninguém quer sofrer, mas sofre. Dramatizar o fatos é coisa fácil de se evitar, sofrer não. Sofrer é inevitável.

Não estou me prendendo a amar esse alguém que amo. O amo sem nenhuma razão concreta, só sinto esse amor por ele sem recebe-lo em troca. Acredite se pudesse, se isso fosse possível eu não o amava mais, por escolha minha e por escolha dele de ir embora me atropelando. Por que do que adianta amar alguém se não pode tê-la não é? O obvio seria simples, como na frase “quando um não quer dois não brigam”, sendo assim “quando um não quer mais amar, ambos se deixam de amar para sempre”. Resolvido, simples e indolor. Mas isso não existe né?! Agente tenta agindo como na frase da Bernardi "Meu cérebro faz bullying com o meu coração", mas não adianta né?! O que eu não quero é me privar de sentir, por mediocridade, por vergonha, por mesquinharia, por egoísmo ou qualquer outra coisa baixo nível. Não quero um dia me encontrar como no texto “Meu Primeiro Amor” de E. Galeano, onde um neto pergunta ao seu avó quem foi o grande amor de sua vida e o velhinho com seus quase 100 anos, resgata um folego e o solta em um grito voraz o nome dela que foi seu primeiro amor. Sentido a dor rasgando o peito de ter vivido uma vida sem sua vida. De ter vivido sem ela.

O que me intriga é por que disso tudo? Qual é a logica de se mostrar vivo a mim? Ou se é um prazer em me ver assim louca, correndo no desespero? Se era só pra saber se estalando os dedos eu iria atrás? Se me ver sofrer e se cutucando minhas feridas o faz bem? Se por um equivoco quis algo e por covardia, preferiu inventar uma historia esfarrapa e sumir do mapa outra vez? Por infelicidade não vou correr a traz, não vou me prestar à disponibilidade e não vou forçar a nada. Pois se esperava uma ex louca correndo atrás em todos os lugares, criando cena e pedido aos soluços que volte, se ferroou pra todo o sempre!  Tenho tantas coisas a fazer, tanto livros a ler e tanta vida pra viver, do que ficar correndo atrás de alguém tentando convencer de algo. – Continuarei aqui a escrever, a desafogar no meu Blog Divã (risos). Não é falta de coragem minha. Se não quer eu não vou! Foi surpreendente reaparecer, sumir não, sumir é tão obvio e é o mais esperado que não me desfalece mais e com a ausência de existência já estou acostumada. E é até bom saber que só foi uma pequena confusão minha. Parece até um deboche repetir isso tantas vezes, mas é que desejei tanto que realmente não fosse, porque o pior é ficar nesse quase. E quase é tão vazio, tão incompleto, tão morte prematura. Mas agora sem nenhuma surpresa, pretensão, esperanças e outras ladainhas voltarei escrever melhor meus gritos em silencio.





“Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Uma solidão de artista e um ar sensato de cientista… tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna."Caio F.

Um comentário:

  1. Como eu já tinha dito, sentimentos dificilmente somem, eles mudam, se camuflam, corriqueiramente acabamos por ouvir que o amor e o ódio são sentimentos muito parecidos.

    Para mim, não a amor sem ódio, chega aquele momento que você odeia tanto aquela pessoa, mas se você odeia alguém é porque você a amou tanto assim.

    Quando eu disse aquelas palavras, quis dizer que não esquecemos o passado, como esse velhinho, que se amargurou por não ter vivido todos esses dias com aquele primeiro amor, mas, nem toda a vida tem que ser assim.

    Eu escolhi amar novamente, não apenas ficar imaginando como seria com aquela pessoa, claro que uma vez ou outra você vai se pegar sonhando, imaginando, como seria com aquele primeiro amor, aquela pessoa que marcou a sua vida, mas isso não é tudo.

    Respondendo a sua pergunta, sim, eu sou feliz, amo muito a pessoa que me deu filhos, se eu amo essa pessoa mais que aquela outra? claro que não, claro que sim, a resposta mais adequada seria, amamos pessoas diferentes de forma diferente, não quer dizer que seja mais ou menos.

    Não fique com isso na cabeça, faça o que você tem feito, continue escrevendo, lendo, estudando, se prepare para a vida, que a vida vai te dar cem vezes mais, basta acreditar, e persistir, porque quem acredita chega lá, por mais difícil que seja, continue acreditando, em você mesma e se você acredita em Deus, acredite nele, Ele tem planos para todos nós.

    Amar faz parte da vida, sofrer por amor, isso, é uma escolha.
    I.F

    ResponderExcluir

Você lê e sofre. Você lê e sorri. Você lê e engasga. Você lê e tem arrepios. Você lê, e sua vida vai se misturando no que está sendo lido. Caio F. Abreu