domingo, 3 de julho de 2011

Não é por que te amo, que ainda gosto de você


Por que eu amava você não pela sua aparência ou pelo que você aparentava ter. Eu amava mais você pelos seus aparentes defeitos e por suas qualidades difíceis de se ver, mas que eu via. Enxergava seus defeitos como qualidades raras, pois eram os seus defeitos que lhe davam um toque especial, um ar áspero e uma acides adocicada que eu adorava. Adorava teu jeito de olhar o mundo, de não enxergar problemas e do teu jeito de menino. Invejava tua preguiça, sua facilidade de cair no sono e modo que assumia em ser um vagal convicto. Adorava seu bico de emburrado e o modo de como se chateava quando lhe tirava de sua comodidade. Adorava seu olhar frio perante aos outros e seus vícios de garoto 17. Te amei mais por ser quem era e principalmente por ser diferente de todos os outros. E apesar de ainda te amar, hoje eu não gosto mais de você, pois você escolheu ser igual a todos os outros: um merda intragável.

Willi Santos

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Você lê e sofre. Você lê e sorri. Você lê e engasga. Você lê e tem arrepios. Você lê, e sua vida vai se misturando no que está sendo lido. Caio F. Abreu