segunda-feira, 13 de junho de 2011

A esquizofrenia e a dor me dominam os dias

Acordo e o primeiro pensamento do dia é um certo alguém. E não poderia ser outro, pois havia acordado de um sonho com o mesmo, um sonho lindo, onde ele me dizia “eu vou voltar”. Olho o sofá pequeno na sala e vejo as pernas brancas sobrando, me aproximo e sou capaz de vê-lo ali diante dos meus olhos dormindo. Me viro e o vejo abrindo a geladeira com fome, pegando goiabada. O sinto-o cutucando minhas costas para poder pedir algo. O vejo deitado sem camisa e só tenho vontade de deitar nas suas costas. Às vezes sou capaz de jurar que algo passou pelo meu caminho e borrifou teu cheiro diante de mim só para me deixar mais louca e não esquece-lo. Logo me vem um arrepio que me gela, que me traz uma dor do fundo do peito, que aperta os braços e me encolhe. Olho tudo e vejo ele espalhado pela casa inteira. A lagrima desci com uma certa dificuldade que chega a arder no fundo dos olhos.
Me sinto louca, pois me sinto bem, as vezes feliz, com tudo no lugar. Mas vem essa dor no meio de tudo e me derruba. É um desejo, um tentar de criar coragem que não se cria. Vontade de ligar, de mandar um sms(e meu celular nem presta pra isso), teclar no msn, de bater na porta edizer “sei que faz muito tempo, mas não importa, não importa se você estiver com outra, só importa que ainda te amo, que sempre estarei aqui, que sinto sua falta e que preciso de você!”
Só dor, dor que toma o corpo, que não passa, que me enche de saudade, que me enche a cabeça com porquês. Numa hora me pergunto por que tem que ser assim, noutra não sei do por que disso, outrora acho que sei porque e quando não vem um ‘achar’ e se sentir culpada por tudo, vem o de achar que entende o porque de tudo. Dor e mais dor que o tempo não leva embora.
Tempo que passa rápido e que a cada dia nessa ausência só me afasta mais do meu bem querer.

Williane Santos

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Você lê e sofre. Você lê e sorri. Você lê e engasga. Você lê e tem arrepios. Você lê, e sua vida vai se misturando no que está sendo lido. Caio F. Abreu