domingo, 3 de julho de 2011

O adeus fotográfico

Não há dúvida que há gente no mundo que existe para que haja de tudo. C.R.Z.


Ele pediu que ela o acompanhasse ate o aeroporto. Ela concordou. Antes ele a levou num lugar importante, onde ele havia crescido, queria tirar um foto do seu ponto mais alto. Coincidência talvez o ponto mais alto dele era vista do apartamento 1202. Ele contou a ela que ali foi muito feliz, mas que teve muitas perdas e preferiu ir para muito longe, que ali trazia muitas tristezas, mas que ela havia trazido um motivo para boas lembranças. Ela sorrio e mostrou a ele o lugar por onde anos foi muito feliz. A lagrima correu dos olhos dela. Ele disse que ela não aguentaria fingir por muito tempo, mas que fingisse o necessário, que tomasse cuidado com os sentimentos e com pessoas que a poderiam fazer algum mal. Ele parecia prever o surgimento de duas pessoas aparentemente ruins. Um a perseguiria o outro a faria confundir os sentimentos. Mas mesmo na distancia ele ajudaria. Ela não se sentia triste por sua inda, sabia que teria nele uma amizade sempre sincera. No ouvido dele ela confessou que detestava tirar fotos e ele disse que havia percebido desde o primeiro dia, mas que sentia satisfeito por ter conseguido ultrapassar mesmo que por aquelas duas semanas essa pequena barreira. E as fotos ficaram lindas. Ela o desejou tudo que existe de bom no mudo. Ele mais uma vez agradeceu e com um beijo menta selando os lábios se despediram num adeus cinematográfico.

A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor. Joseph Addison

Ps: e mais adiante ela poderia ter feito isso com o raposa, mas se permitiu ferir. Queria acreditar na mentira criada por ela, queria fingir que não via, acreditava que podia e terminou por confundir os sentimentos até que finalmente com a dor aceitou o que realmente sentia e por quem.

Willi Santos

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Você lê e sofre. Você lê e sorri. Você lê e engasga. Você lê e tem arrepios. Você lê, e sua vida vai se misturando no que está sendo lido. Caio F. Abreu